O prefeito do Jaboatão dos Guararapes, Mano Medeiros, assinou ordem de serviço para requalificação da orla e as obras já começaram, de forma paralela, em Piedade e Barra de Jangada. Ao todo, serão seis quilômetros de obras ao longo da orla, com previsão de conclusão em 15 meses e investimento de R$ 14,9 milhões.
A ordem de serviço foi dada junto à Igrejinha de Piedade, de onde o trabalho segue até a divisa com o Recife. Já em Barra de Jangada, o serviço segue em direção ao Paiva, na divisa com o Cabo de Santo Agostinho, onde calçadas e ciclovias se encontrarão. Representantes de vários segmentos, como sociedade civil, órgãos ambientais, rede hoteleira e imobiliária participaram do evento.
“A conclusão da requalificação da orla vai beneficiar o turismo, o lazer, o esporte, a economia, enfim, toda uma rede de atores sociais. Vamos poder movimentar mais a beira-mar, promovendo eventos esportivos e culturais, como os que serão lançados em breve pelo Sesc, que está montando uma arena de beach tênis, vôlei e futevôlei, em frente ao seu prédio, em Piedade. Ou seja, teremos muitos atrativos para os munícipes e turistas. Está nascendo uma nova orla do Jaboatão”, comemorou o prefeito Mano Medeiros.
A requalificação da orla foi dividida em trechos. O primeiro a ser entregue, em março do ano passado, tem mais de dois quilômetros de extensão, entre a curva do Sesc e a Igrejinha de Piedade. Agora, será dada continuidade ao projeto, mantendo o foco no pedestre e ciclista. Para isso, haverá ampliação do calçadão em alguns trechos e construção em outros, a ciclovia terá 8,7 km de extensão (conectando-se com as dos dois municípios vizinhos), pista de cooper, espaços de convivência e contemplação, tudo com a devida sinalização e acessibilidade. Novas árvores serão plantadas, para dar sombreamento e melhorar o microclima.
O calçadão foi desenhado de forma a garantir a harmonia da paisagem na transição entre os municípios, mas assumindo identidade própria, mesclando piso intertravado e pedras portuguesas, além de garantir o piso tátil, sinalizando obstáculos para pessoas com deficiência visual. Os bancos também seguem essa proposta de harmonização e serão em concreto. A iluminação passará a ser toda em LED, dando mais segurança e economia. Posteriormente à conclusão da obra, serão implantados equipamentos de esportes e lazer.
“Toda a drenagem da orla estará requalificada ao final da obra, garantindo o fluxo adequado às águas pluviais e resolvendo um problema crônico de alagamentos existente há décadas. Os ganhos diretos e indiretos serão contínuos. Já estivemos com o presidente da Compesa, Alex Campos, e ele se comprometeu a construir as ligações necessárias para que possamos implantar banheiros na orla, um pleito antigo dos frequentadores. Sem as redes de água e esgoto, hoje utilizamos banheiros químicos. Essa realidade também vai mudar”, salienta o prefeito.
Yara Edna Bezerra, que mora há mais de 25 anos na orla de Piedade, estava visivelmente emocionada com o anúncio das obras de requalificação da orla. “Fico muito agradecida à prefeitura porque essa requalificação era muito aguardada pelos moradores e comerciantes daqui. Agora vamos poder usufruir ainda mais dessa linda orla”, afirmou Yara.
A presidente da Associação dos comerciantes e ambulantes de Piedade, Candeias e Barra de Jangada, Maria Edileide, não escondeu as lágrimas ao saber que os serviços já iniciaram. “Tenho certeza que muitas coisas vão melhorar para comerciantes, moradores e turistas, a partir dessa revitalização. A nova orla vai atrair mais clientes e aumentar as nossas vendas, assim esperamos”, disse Edileide.
Já o gerente geral do Hotel Dan Inn, Antônio Almeida, comentou que “a revitalização da orla será de extrema importância para a rede hoteleira, tendo em vista que os turistas vão ter mais opções para curtir a orla com mais segurança, conforto e lazer”.
PLANO DE GESTÃO
Um outro avanço para a orla é o Plano de Gestão Integrada (PGI), que será lançado em audiência pública em outubro, quando também será formalizado o comitê gestor do PGI, um grupo paritário, com sete integrantes da sociedade civil e sete da gestão pública, nas esferas municipal, estadual e federal. A audiência é a última fase do processo, que antes passou por levantamento em campo do território, oficinas participativas, elaboração do plano e validação do documento e do comitê gestor pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU). Era a SPU quem geria a orla até 2017, quando ocorreu a municipalização. O PGI norteia questões como zoneamento, desenvolvimento econômico, impactos ambientais e até estabelece pontos de táxi, áreas viáveis para esporte, shows, áreas de preservação, enfim, tudo o que pode impactar a orla.
Fonte: Blog do Jorge Lemos
Foto: Divulgação