- Author, André Bernardo
- Role, Do Rio de Janeiro para a BBC News Brasil
Em dado momento de Indiana Jones e o Templo da Perdição (1984), quando o intrépido protagonista sai à procura de uma pedra sagrada na Índia, Willie Scott, a cantora de boate interpretada por Kate Capshaw, vira-se para Indiana Jones, o famoso arqueólogo imortalizado por Harrison Ford, e alerta: “Você vai acabar morrendo ao perseguir fortuna e glória”.
Em tom de gracejo, Indy responde: “Talvez. Mas hoje não”.
É provável que Nina Paterson (1871-1954) tenha dito algo parecido quando o marido, o explorador inglês Percival Harrison Fawcett (1867-1925), anunciou que ia sair em missão à procura de uma civilização perdida no Brasil — os dois se conheceram no Ceilão, atual Sri Lanka, onde Percy serviu como oficial da Artilharia Real britânica.
Não seria a primeira vez que ele viajaria para a América do Sul. Mas, dessa vez, poderia ficar até dois anos longe de casa.
A primeira expedição de Percy Fawcett pelo continente sul-americano ocorreu em 1906, quando ele foi designado pela Sociedade Geográfica Real inglesa a demarcar a Amazônia, na fronteira entre o Brasil, a Bolívia e o Peru.
Em fevereiro de 1920, ele desembarcou no Rio de Janeiro para uma expedição que, no fim das contas, durou apenas quatro meses, de agosto a dezembro daquele ano. Enquanto estava no Brasil, Nina, sua mulher, e os três filhos do casal, Jack, Brian e Joan, viveram na Jamaica.
Assim que chegou, Fawcett foi recebido pelo presidente da República, Epitácio Pessoa (1865-1942), que agendou uma reunião com o Marechal Cândido Rondon (1865-1958). O encontro foi desastroso.
Rondon disse que o Brasil não precisava de estrangeiros para fazer expedições. O presidente ponderou que estava atendendo a um pedido do embaixador inglês, Ralph Paget, para apoiar Fawcett em sua viagem até o Mato Grosso. Rondon, então, sugeriu que Fawcett fosse acompanhado por uma comitiva brasileira. O inglês recusou a oferta: “Pretendo ir sozinho”, avisou. “Uma viagem com muita gente tem os seus inconvenientes”.
O marechal não desistiu. Sugeriu que o coronel estrangeiro fosse acompanhado por um civil ou militar da confiança do governo brasileiro. Não houve acordo. Se não pudesse ir sozinho, avisou Fawcett, não iria.
A essa altura, Rondon já estava desconfiado de que, mais do que uma civilização perdida, o inglês estava à procura de ouro e prata. Lá pelas tantas, perguntou o percurso que Fawcett pretendia fazer. Sua resposta — “É sigiloso. Não posso revelar” — deu por encerrada a conversa. “Faço votos para que tenha boa sorte”, e Rondon se despediu.
“A ideia da Cidade Perdida Z veio do Documento 512, que se encontra na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro”, explica o jornalista Hermes Leal, autor de O Enigma do Coronel Fawcett – O Verdadeiro Indiana Jones (Geração Editorial, 2007). “É um relato do século 18 de uma pessoa que teria se perdido no sertão da Bahia e encontrado as ruínas de uma cidade abandonada. Uma cópia desse documento chegou às mãos de Fawcett ainda na Inglaterra”.
“Ouvi falar da lenda do Fawcett ainda criança, quando vivia em Goiás”, prossegue Leal. “Quando descobri que ela nunca tinha sido contada em uma biografia, resolvi transformar sua história em livro. Minha grande dificuldade foi refazer seus passos. Descobri, entre outras coisas, seu interesse em comprar uma mina de pedras preciosas na Bahia”.
‘Os índios mais selvagens da Amazônia’
No dia 12 de agosto de 1920, seis meses depois de chegar ao Brasil, Percy Fawcett finalmente partiu do Rio de Janeiro rumo a São Paulo e, da capital paulista, para Corumbá (MS). Em seguida, viajou de barco até Cuiabá (MT).
Em sua comitiva, apenas dois estrangeiros: um australiano, Butch Reilley, e um americano, Ernest G. Holtt, o “Felipe”. Cada um embolsou 600 libras pela aventura.
Além de contratar os dois ajudantes, através de um anúncio de jornal, Fawcett comprou dois cavalos e dois bois para transportar a carga, que incluía, além de cordas, redes e barracas, utensílios de cozinha e instrumentos musicais.
Logo no quarto dia de viagem, Butch pediu para sair. O sujeito não sabia sequer montar a cavalo. Em dois dias, caiu quatro vezes. A última delas dentro de um riacho.
Ernest era menos pior. Mas, num acesso de fúria, atirou em Vermelho, um dos cachorros da comitiva. Além de procurar caça, cães montavam guarda à noite.
Ao longo da viagem, Fawcett atravessou fazendas, como a do Laranjal, e cruzou rios, como o Tabatinga. Numa delas, a do Rio Novo, conheceu o fazendeiro Hermenegildo Galvão. Durante a estadia, ouviu falar dos índios morcegos, “os mais selvagens da Amazônia”. Segundo a lenda, tinham aparência de macacos e viviam em cavernas. Ao ouvir a história, Fawcett se convenceu de que estava no caminho certo.
Da fazenda Rio Novo, a comitiva seguiu para o Posto Simões Lopes, na aldeia Bakairi, onde descansou por três dias. De lá, prosseguiu viagem.
No caminho, mais infortúnios: um cavalo morreu afogado e um boi por exaustão. Não bastasse, chovia bastante. E os córregos transbordaram.
Mais adiante, próximo ao rio Tanguro, o cavalo de Fawcett caiu e não conseguiu mais levantar. Armado com um rifle Winchester e uma pistola Mauser, o coronel deu fim ao sofrimento do animal. O lugar foi apelidado de Campo do Cavalo Morto.
Sem mantimentos, Fawcett decidiu voltar. Por ora, desistira da expedição.
A quem perguntava o que tinha acontecido, limitava-se a responder: “Os animais não resistiram”, e completava: “Pretendo voltar brevemente para reiniciar meus trabalhos a partir de onde parei”.
Que fim levou Percy Fawcett?
Em janeiro de 1925, como sempre fazia antes de sair em expedição, Percy Fawcett comprou um chapéu novo. Não um modelo qualquer. Mas um caríssimo da marca Stetson, seu preferido.
Em vez de contratar ajudantes no local da expedição, levou dois expedicionários de casa: o filho mais velho, Jack, de 21 anos, e um amigo dele, Raleigh Rimell, mais ou menos da mesma idade. Os dois não viam a hora de encontrar um tesouro escondido, comprar possantes motos e se exibir pelas ruas de Seaton, na Inglaterra, onde moravam.
Para não fazer feio na viagem, Fawcett ensinou os rapazes a nadar em rios caudalosos, a se alimentar somente de vegetais — não se pode contar com caça onde não se sabe se ela existe, dizia o coronel — e a preparar mochilas de até quinze quilos. Outra lição importante era aprender a falar algumas palavras em português.
Os três viajaram a bordo do S.S. Vauban, da empresa Lamport and Holt Line, e desembarcaram no Rio de Janeiro em janeiro de 1925.
Na então capital federal, Fawcett foi recebido pelo embaixador inglês no Brasil, John Tilley, e pelo ministro da Agricultura do governo Artur Bernardes, Miguel Calmon. Ao pedir apoio financeiro para a viagem, recebeu três passagens de trem até Cuiabá.
Em São Paulo, os três visitaram o Instituto Butantan e conheceram o médico Assis Brasil, que cedeu algumas doses de soro contra veneno de cobra. Na bagagem, levavam comida em lata, remédio contra febre, armas e munições.
Em Corumbá, ficaram hospedados num hotelzinho às margens do rio Paraguai, que nem banheiro tinha. No dia 23 de fevereiro, embarcaram numa chalana (pequena embarcação fluvial) até Cuiabá. Seriam dez dias de viagem, através dos rios Paraguai, São Lourenço e Cuiabá, a menos de seis quilômetros por hora.
A lotação máxima da embarcação era de 20 passageiros, mas, naquele dia, o Iguatemi transportava mais de 50. À noite, os passageiros estendiam suas redes no convés e enfrentavam os mosquitos como podiam. Jack, por exemplo, dormia com uma camisa sobre o rosto.
A chalana chegou à capital mato-grossense no dia 4 de março. Lá, Fawcett comprou cinco mulas e cinco cavalos, e conseguiu mais dois cachorros, Chulim e Pastor, para ajudar na expedição. Além disso, contratou dois mateiros, Simão de Oliveira e José Galdêncio.
Jack ficou responsável por tirar as fotos e Rimell, por preparar as refeições. Em geral, tomavam café às seis e meia da manhã e almoçavam por volta das cinco da tarde. O cardápio não variava muito: um prato de sopa, duas xícaras de chá e leite condensado dissolvido em água pela manhã, e arroz e carne de charque à tarde. Às vezes, matavam a fome com biscoito e sardinha em lata; outras, com farinha de mandioca.
Caminhavam, em média, duas léguas por dia, o que corresponde a seis quilômetros. Dormiam e acordavam cedo, antes do dia clarear. À época, fazia 27 graus à sombra. No terceiro dia, montaram acampamento bem em cima de um formigueiro de saúvas. Por pouco, não perderam toda a comida.
Volta e meia, se perdiam no mato. Nessas horas, voltavam alguns passos na esperança de encontrar o lugar onde se desviaram da rota. À certa altura, Rimell tirou a bota e quase caiu para trás: seu pé estava vermelho e inchado. “Mordida de carrapato”, explicou Fawcett. Simão improvisou um curativo com folhas de uma planta do brejo.
No dia 30 de abril, chegaram à fazenda Rio Novo, do ‘coronel’ Hermenegildo Galvão. O anfitrião ofereceu refeição para os viajantes e pasto para os animais. Descansaram lá por cinco dias. Partiram 4 de maio, rumo ao Simões Lopes, na aldeia bakairi. No trajeto, cruzaram vários rios, como o Paranatinga. Nessas ocasiões, pai e filho cuidavam da bagagem enquanto os peões atravessavam os animais.
Chegaram ao posto indígena no dia 15 de maio. O chefe do Simões Lopes, Valdomiro, cedeu a escola para descansarem. Havia oito indígenas do Xingu: cinco homens, duas mulheres e uma criança, todos da etnia batovi. Para fazer fotos do grupo, Jack ofereceu doce de goiabada. E trocou um colar com conchas de caracol de uma das indígenas por oito caixas de fósforo. De dia, ele tirava fotos; à noite, revelava nas águas do Paranatinga.
No dia 19 de maio, Jack Fawcett completou 22 anos. Para comemorar a data, seu pai improvisou uma festa. Tocaram instrumentos musicais, como flauta, banjo e violão, e beberam vinho de caju. Lá pelas tantas, Fawcett foi apresentado a Yamarã, chefe da etnia mehinako. Valdomiro, o chefe do posto, serviu de intérprete.
“Por que o senhor não me acompanha?”, perguntou Fawcett. “Estou muito velho”, respondeu o líder indígena.
Dali a pouco, Yamarã cochichou algo no ouvido de Valdomiro. Está desaconselhando o senhor a seguir viagem, explicou o chefe do posto. Os índios morcegos não toleram invasores.
São canibais. “Posso me defender”, disse o homem branco. “É muito perigoso”, insistiu o líder indígena.
No dia seguinte, Fawcett comprou comida e dispensou os peões. Queria estar sozinho quando encontrasse a Cidade Z. No dia 21 de maio, se despediu do Posto Bakairi. Próximo destino: o Campo do Cavalo Morto.
Quando chegou lá, oito dias depois, escreveu a última carta para Nina. “Você não precisa temer nenhum fracasso”, foram suas últimas palavras, em 29 de maio de 1925. Indígenas levaram a correspondência até o Posto Bakairi e militares do Marechal Rondon, até Cuiabá.
Desde então, não se ouviu mais falar de Percy, Jack ou Rimell. Especula-se que tenham visitado outras aldeias, como a dos povos kalapalo, nafukuá e suiá. Mas não se sabe ao certo.
Semanas depois, agentes do Serviço de Proteção aos Índios (SPI) foram atrás de notícias, mas não encontraram pistas.
Antes de embarcar, Fawcett pediu a Nina que, caso desaparecesse na selva, não enviasse missões de salvamento. Para piorar, tinha o hábito de deixar pistas falsas sobre sua localização para ninguém seguir seus passos.
“O desaparecimento de Fawcett e seus companheiros permanece um mistério. A hipótese mais provável é a morte por inanição, em decorrência de doenças ou de ataques de índios ou de animais. Mas, sem evidências, não há como ter certeza”, diz a historiadora Deborah Lavorato Leme, mestranda em História Social da Universidade de São Paulo (USP) e autora do artigo Registros da Última Expedição do Coronel P. H. Fawcett no Brasil (2021).
“Alguns grupos, como a Sociedade Brasileira de Eubiose, seguem acreditando na possibilidade de Fawcett e seu filho, Jack, terem encontrado a cidade perdida de Z, onde ambos teriam liderado uma comunidade esotérica”.
O mistério da ossada do Xingu
Quase 100 anos depois, ninguém sabe dizer ao certo o que aconteceu à expedição: foram mortos por índios ou encontraram a cidade perdida? Nina Fawcett morreu no dia 6 de setembro de 1954, aos 83 anos, sem aceitar a morte do marido. Até o fim de seus dias, continuou esperando por ele, em sua casa na Suíça.
Brian Fawcett, o filho mais novo, nunca desistiu de procurar pelo pai e o irmão. Em janeiro de 1952, 27 anos depois do sumiço deles, aceitou o convite do empresário Assis Chateaubriand, dono dos Diários Associados, para integrar uma expedição até o Mato Grosso. Se fossem encontrados vivos, Percy Fawcett estaria com 85 anos e Jack, com 49.
Viajaram, além dele, o sertanista Orlando Villas Bôas (1914-2002) e o jornalista Antônio Callado (1917-1997), então repórter do jornal Correio da Manhã, que escreveu o livro Esqueleto na Lagoa Verde (Companhia das Letras, 2010), sobre o misterioso desaparecimento do coronel inglês.
A expedição ganhou vida depois que Villas Bôas ouviu, em abril de 1951, um indígena da etnia kalapalo dizer que teria matado os “caraíbas” (“homens brancos”) a golpes de borduna, jogado os corpos de dois deles na Lagoa Verde e enterrado o terceiro numa cova rasa à beira do rio Culuene, no Xingu.
Não demorou para os peritos do Instituto Real de Antropologia de Londres e do Museu Nacional do Rio de Janeiro descobrirem que os restos mortais encontrados não eram de Fawcett ou de qualquer membro da expedição. Enquanto o explorador inglês media 1,82 metro de altura, aquela ossada era de um homem de 1,68 metro.
Não foi a primeira expedição realizada para encontrar vestígios de Percy Harrison Fawcett. Apenas três anos depois do misterioso sumiço do militar inglês, o explorador americano George Miller Dyott (1883-1972) embrenhou-se no mato atrás de pistas. Levava consigo 26 homens e três toneladas de mantimentos.
Entre outras descobertas, conheceu Aloique, do povo nafukuá, que trazia no pescoço uma plaquinha de cobre com a inscrição da firma londrina que fornecera o material de viagem para o coronel. E mais: dentro de uma das malocas da aldeia, maletas idênticas às usadas pelos oficiais britânicos.
Até o jornalista Peter Fleming (1907-1971) se aventurou pelo Brasil à procura de Fawcett. Ele é o irmão mais velho de Ian Fleming (1908-1964), o criador de James Bond, o mais famoso agente secreto da literatura universal.
A expedição de Fleming, financiada pelo jornal The Times, durou sete meses, de abril a novembro de 1932. Da experiência, nasceu o livro Brazilian Adventure (1933).
Em novembro de 1943, o mesmo Assis Chateaubriand patrocinou a ida do repórter Edmar Morel (1912-1988) ao Xingu para apurar a história contada por uma missionária americana chamada Marta Moennich.
Em 1937, ela escreveu uma carta para a viúva de Fawcett relatando a existência de um índio loiro e de olhos azuis na aldeia dos kuikuros. Os membros do grupo acreditavam que o tal índio era filho do estrangeiro com uma indígena.
Em pouco tempo, Morel descobriu que Dulipé, que ganhou o apelido de “Deus branco do Xingu”, não era filho de Percy Fawcett. Era apenas albino.
A pedido dos Diários Associados, Dulipé teria sido levado para Cuiabá. Não se adaptou à cidade grande e começou a beber. Na madrugada de 20 de abril de 1959, se envolveu numa briga e terminou morto a facadas.
“Muitos não se conformam com as hipóteses mais coerentes sobre o desaparecimento de Fawcett (morreu ou foi morto na selva) e dão origem a mil teorias insólitas”, observa André Diniz Fernandes, autor da graphic novel Fawcett (Devir, 2010), em parceria com o ilustrador Flavio Colin (1930-2002).
“Numa delas, estaria vivo até hoje em um mundo secreto no qual Jack seria o pai de uma nova raça humana. Noutra, teria descoberto um mundo subterrâneo e viveu por lá muitas décadas depois de seu desaparecimento”.
A expedição que não tem fim
O livro Esqueleto na Lagoa Verde, de Antônio Callado, não foi o único escrito sobre a vida de Percy Fawcett. Há pelo menos mais dois: Z — A Cidade Perdida (Companhia das Letras, 2009), do jornalista americano David Grann, que deu origem a um filme homônimo, dirigido por James Gray; e Città Invisibili (inédito no Brasil), da jornalista italiana Margherita Detomas, escrito em parceria com Timothy Paterson, bisneto de Nina.
A princípio, Brad Pitt, que comprou os direitos de filmagem do livro americano, interpretaria o protagonista. Mas, depois, se contentou com a função de produtor-executivo e confiou o papel ao ator britânico Charlie Hunnam. Já Jack Fawcett é interpretado por Tom Holland, que veste a máscara do Homem-Aranha na atual franquia da Marvel. O diretor Fernando Meirelles teria sido convidado por Pitt para dirigir o longa, mas declinou do convite.
O mais recente livro sobre o tema é A Expedição Fawcett – Jornada para a Cidade Perdida de Z (Record, 2023). Organizado por Brian Fawcett, reúne cartas, diários e manuscritos do explorador inglês. O livro foi lançado em 1953, mas só agora, 70 anos depois, chega às livrarias brasileiras. Brian Fawcett morreu em 1984, aos 78 anos.
Ao longo das décadas, Percy Fawcett inspirou uma infinidade de personagens: do velho explorador Ridgewell, da obra Tintim e o Ídolo Roubado (1935), do quadrinista belga Hergé, ao arqueólogo com espírito aventureiro Indiana Jones, da franquia dirigida pelo cineasta americano Steven Spielberg.
“O Indiana Jones foi inspirado no protagonista de um filme de 1954 chamado O Segredo dos Incas“, diz Sávio Queiroz Lima, doutorando em História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e autor do artigo Arqueologia, Antropologia e História em Indiana Jones (2021).
“Tanto o Indiana Jones quanto o Harry Steele, interpretado por Charlton Heston, compartilham elementos estéticos e performáticos do Fawcett e de outros arqueólogos famosos como o escocês Mortimer Wheeler (1890-1976), o americano Junius Bolton Bird (1907-1982) e o inglês William Flinders Petrie (1853-1942)”.
Para 2025, ano do centenário do misterioso desaparecimento, Hermes Leal planeja relançar O Enigma do Coronel Fawcett e estrear um documentário e uma série de ficção. Sinal de que, tão cedo, a expedição não chegará ao fim.
Fonte: BBC
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