Os eleitores na França vão às urnas em abril para eleger um novo presidente para os próximos cinco anos.

A julgar pelas pesquisas atuais, a eleição deve ser definida em dois turnos.

Emmanuel Macron, o atual presidente, pretende conquistar um segundo mandato.

Entenda, no guia visual a seguir, quem são os principais candidatos e as discussões mais importantes para os eleitores.

Os candidatos

São 12 candidatos no total, oito homens e quatro mulheres.

Dos seis principais candidatos, três são de direita e dois são de esquerda.

Emmanuel Macron é visto como de centro. Ele representa o partido República em Marcha e atrai tantos eleitores da direita quanto da esquerda.

Marine Le Pen, do Reagrupamento Nacional, e Eric Zemmour, do Reconquista, são ambos da extrema direita, com Zemmour visto como o mais radical.

Valérie Pécresse defende os Republicanos, mais moderados de direita.

Jean-Luc Mélenchon é do partido de extrema-esquerda França Insubmissa, e Yannick Jadot representa os Verdes.

Após uma sucessão de grandes reveses, a esquerda tradicional da França praticamente desapareceu da disputa.

O apoio ao Partido Socialista entrou em colapso desde que François Hollande, que representava o grupo, ocupou a presidência entre 2012 e 2017.

Observadores dizem que Macron provavelmente se beneficiará das divisões à esquerda, enquanto a direita o acusa de copiar suas políticas.

A campanha eleitoral também foi ofuscada pela guerra na Ucrânia, e o presidente desempenhou um importante papel diplomático como estadista nas últimas semanas.

Como funciona o sistema eleitoral francês?

Os dois turnos da eleição serão realizados com 14 dias de intervalo.

Se, como esperado, nenhum candidato obtiver mais de 50% dos votos no primeiro turno em 10 de abril, os dois candidatos mais votados avançarão para um segundo turno, a ser realizado em 24 de abril.

Quem vencer o segundo turno tomará posse no dia 13 de maio.

O que dizem as pesquisas?

Emmanuel Macron tem uma liderança clara e significativa nas pesquisas há pelo menos seis meses. E ele cresceu na dianteira desde a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Marine Le Pen está bem à frente dos outros candidatos, enquanto o apoio a seu rival de extrema-direita Eric Zemmour, que uma vez disse “admirar” Vladimir Putin, diminuiu.

Quais são os grandes problemas em discussão?

Além da Ucrânia, pesquisas de opinião sugerem que os principais temas da campanha são economia, imigração e segurança.

Em janeiro, a França registrou o crescimento econômico anual mais forte em meio século, com uma forte recuperação após o choque da pandemia de covid-19.

A força geral da economia francesa provavelmente favorecerá a campanha de Macron.

A França viu o desemprego cair para 7,4%, um pouco acima da média da zona do euro, mas perto da meta estabelecida pelo presidente quando chegou ao poder há cinco anos.

Sobre a imigração, as estatísticas oficiais sugerem que em 2020 havia cerca de 6,8 milhões de imigrantes vivendo na França.

Cerca de um terço deles eram europeus. No geral, os argelinos são a maior comunidade estrangeira, seguidos pelos marroquinos e pelos portugueses.

A imigração tem destaque nas campanhas dos candidatos de direita.

Zemmour prometeu implementar uma política de “imigração zero” se for eleito e enviar de volta 100 mil imigrantes por ano para Argélia, Tunísia e Marrocos.

Le Pen condenou a abordagem do concorrente, mas propôs um referendo sobre grandes reduções na imigração caso ela vire presidente.

Já Emanuel Macron prometeu colocar milhares de policiais nas ruas, após sofrer fortes críticas de Pécresse, Zemmour e Le Pen.

O atual presidente também argumenta que o índice de crimes caiu sob sua Presidência.

A França sofreu uma série de ataques terroristas nos últimos anos que reforçaram a importância da segurança para muitos eleitores do país.

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