O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Álvaro Porto (PSDB), acompanhou, nesta quarta-feira (03.05), a sessão do Pleno que acabou se constituindo na despedida do conselheiro Carlos Porto, seu irmão, do Tribunal de Contas do Estado.
Marcada pela emoção, tanto do conselheiro e dos demais integrantes da corte, como também de funcionários do TCE, a cerimônia enfatizou a produtiva carreira de Carlos Porto. Foram mais de 50 anos dedicados ao serviço público, destes, 32 vividos no tribunal.
Além de Álvaro Porto, participaram da despedida os dois filhos do conselheiro, Eduardo e Carlos, a irmã Carmem Silvia e o sobrinho Gabriel. A sessão foi presidida pela conselheira Teresa Duere, em substituição a Ranilson Ramos, que se encontra em período de férias.
Carlos Porto agradeceu o carinho dos familiares e se despediu com o sentimento de dever cumprido. “Depois de mais de 50 anos de serviço público, sendo 50% da minha vida dedicada a esta Casa, saio com sentimentos positivos”, disse, emocionado.
Decano da Instituição, assumiu a presidência da Casa por quatro ocasiões, sendo o último mandato no biênio 2016-2017. Ocupou todos os cargos no Conselho do TCE. O último deles, a direção da Escola de Contas do Tribunal. O conselheiro teria mais dois anos no órgão, mas decidiu antecipar sua aposentadoria, que deveria acontecer em 2025, quando ele completará 75 anos.
Álvaro Porto, que atribui sua entrada vida pública ao irmão, salienta que Carlos é referência em vários aspectos da vida. Em nota, o presidente da Alepe ressalta:
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“Carlos Porto construiu uma história brilhante de dedicação ao serviço público, sempre se pautando pela ética e fidelidade às suas convicções. Para mim foi e permanece sendo uma inspiração e um exemplo a ser seguido. Tanto na Assembleia quanto no TCE, Carlos manteve uma conduta firme e marcada pelo diálogo e cultivo de boas relações.
Ocupou a presidência do Tribunal por quatro vezes guiado pela sensatez que o cargo exige e nunca se deixou seduzir pelos encantos fáceis do poder.
No âmbito familiar, sempre soube cuidar dos seus, com atenção e afeto. Junto aos seis irmãos, usou sua grande sabedoria para manter a família unida.
Para mim, pessoalmente, exerceu e exerce grande influência na carreira política. É com ele que converso em busca de orientações e conselhos. Só tenho a agradecer pela compreensão e capacidade de ouvir e ajudar. Em nome de toda a família, quero expressar o nosso muito obrigado carregado de orgulho e admiração_”.
Deputado estadual por três mandatos, entre 1979 e 1990, Carlos Porto foi nomeado conselheiro do Tribunal de Contas do Estado em 1990, pelo então governador Carlos Wilson. Ainda estudante de Direito, nos anos 1970, foi servidor da Prefeitura do Recife. Em seguida, foi assessor jurídico e também diretor de Assistência ao Cooperativismo do Governo de Pernambuco.
Durante a sessão desta quarta, Teresa Duere encaminhou ao Pleno um pedido, aprovado por unanimidade, de concessão da Medalha Nilo Coelho, maior honraria da Casa, ao conselheiro Carlos Porto, por todos os serviços prestados por ele à Casa e ao controle externo. A solenidade ocorrerá no próximo mês de junho, sendo, portanto, a despedida oficial do conselheiro do TCE.
Com a aposentadoria, as funções exercidas pelo conselheiro Carlos Porto ficarão sob a responsabilidade de um conselheiro substituto, de acordo com o art. 90 § 2º da Lei Orgânica do TCE. A ocupação efetiva da vaga acontecerá após eleição do novo conselheiro pela Assembléia Legislativa.
Fonte: Blog do Jorge Lemos
Foto: Divulgação