O Ministério da Saúde afirma continuar indicando e distribuindo para estados e municípios os imunizantes da AstraZeneca e Janssen para proteção contra a Covid-19. Em nota, a pasta nega o suposto abandono das vacinas que circula nas redes e explica que elas são recomendadas para pessoas com mais de 40 anos – público com menor probabilidade de apresentar os efeitos adversos.
A alteração foi feita em dezembro de 2022, em nota técnica assinada pela gestão anterior. No documento, a pasta deixa de recomendar os imunizantes para pessoas com menos de 40 anos após um estudo identificar riscos de trombose abaixo da faixa etária, sobretudo em mulheres.
A medida foi motivada por uma pesquisa que chegou a 98 casos com suspeita de trombose após as doses das vacinas com vetor viral da Covid-19. Até setembro do ano passado, a maioria dos confirmados era relacionada à AstraZeneca.
“O acordo de cooperação técnica com Biomanguinhos/Fiocruz para produção de insumos, incluindo a vacina AstraZeneca, segue vigente. O contrato com a Fiocruz prevê a entrega escalonada de doses, conforme o andamento e a estratégia de vacinação em todo o país”, informa o ministério.
A Saúde reforça que “todas as vacinas ofertadas à população são seguras, eficazes e aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “As estratégias de vacinação no Brasil, assim como os imunizantes indicados para cada público, levam em conta o avanço tecnológico do setor e novas evidências científicas sobre o tema, sempre discutidos no âmbito da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunizações (CTAI).”
Na população de 18 a 39 anos, devem ser administradas preferencialmente vacinas da Covid como a Pfizer ou CoronaVac.
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Fonte: Folha PE
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