No futebol brasileiro, a conta pelo fracasso cai sempre no colo do treinador. Toda vez. É só perder um número X de partidas que o cara é logo demitido. Claro que, às vezes, o técnico realmente não vem fazendo um bom trabalho e, por isso, merece cair fora. Não é o caso de Ranielle Ribeiro, no Santa Cruz.
Ele vinha tirando “leite de pedra” e organizando o time com toque de bola e ligação com o ataque. Mas como eu disse, Ranielle vinha fazendo isso com um esforço fora do comum. Afinal, faltam peças de qualidade no elenco e uma melhor estrutura para trabalhar. Ele não tem culpa da ruindade do ataque coral, que não consegue fazer gols.
Apesar disso, o Tricolor vinha evoluindo para disputar uma Série D. Eu sei que muitos ficaram revoltados pela equipe ter sido goleada pelo Fortaleza em casa. Mas, pessoal, o Leão do Pici é o melhor time do Nordeste e um dos mais competitivos do país na atualidade! Assim já é querer demais, né?!
O fato de o Mais Querido estar passando por essa situação não é culpa de nenhum treinador que passou pelo Arruda, e sim dos dirigentes que destruíram o clube, principalmente nas duas últimas décadas. O que acontece hoje ainda é a transferência de responsabilidade.
Por isso a diretoria coral deveria ter tido um pouco mais de paciência para que o trabalho se consolidasse daqui pra frente. Paciência. Agora é torcer que Flávio Conceição, que também já foi mandado embora do Náutico, faça o seu trabalho e traga alegria à massa tricolor. Mas, por favor, tenham paciência com ele!
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Fonte: Folha PE
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