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Dia Internacional da Síndrome de Down (21/03): no Geraldão, alunos do pilates contam com instrutora que “não dá moleza”

Integrante do corpo de professores da Prefeitura do Recife, Priscilla se desdobra em uma rotina que envolve lecionar, frequentar pós-graduação e colaborar como voluntária numa ONG. (Foto: Daniel Tavares/PCR)

Incentivo, disposição e suor predominam nas aulas de pilates no Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães (Geraldão). A responsável por manter o ritmo das turmas, composta principalmente por homens e mulheres – a maioria – acima dos 55 anos, é Priscilla Mesquita, 30. Portadora de Síndrome de Down, a instrutora não alivia nas sessões, embora tenha uma boa dose de zelo pelos frequentadores, que não poupam bons adjetivos.

 

“Com toda certeza, ela puxa muito da gente, incentiva bastante”, conta Lenita Garcia, 68 anos, que, numa rotina bastante ativa, demonstra propriedade para avaliar o dia a dia. “Venho num ritmo de praticar atividade física sem parar há uns 15 ou 16 anos, e a Priscilla é uma das pessoas mais maravilhosas que conheci nesse tempo. Isso como pessoa e professora, com os exercícios que pensa para a gente”..

 

Mãe da elogiada professora, Carmem Mesquita, 66, não se surpreende com o amor que Priscilla tem pelo esporte. “Desde pequena, ela foi muito interessada por atividade física. Inclusive, aqui no Geraldão, chegou a fazer ginástica olímpica, quando tinha na faixa entre os 10 ou 12 anos. E também gostava bastante de karatê”, revela.

 

Priscilla começou a dar aulas em 2019, no Compaz Escritor Ariano Suassuna. Em 2021, passou para o Geraldão. Com formação em Educação Física, atualmente cursa pós-graduação em Educação Inclusiva e, como voluntária, faz parte da ONG Integrarte, Centro Pró-Integração Cidadania e Arte. Do seu jeito, calmo e atento, ela elenca os motivos para manter a agitada rotina.

 

“É uma coisa muito boa para a minha autoestima. Participo desta ONG, trabalho com essas pessoas… Essa interação é muito boa, faz eu me sentir bem”, ressalta.

 

Claro, o amor pelo esporte não passa batido.

 

“Sempre gostei de esportes. Já gostava muito da dança desde pequena. Essa participação ajuda muito na qualidade de vida e no bem estar. Faz com que eu me sinta uma pessoa ativa, e isso tudo contribui também no meu crescimento profissional.”

 

Maria do Socorro, 65, que além do pilates participa das aulas de hidroginástica, também no Geraldão, endossa o discurso. “A Priscilla é ótima. Tranquila, mas não deixa de exigir muito da gente. Quando nota que estamos muito aceleradas, ela também pede para ir mais devagar. Mas ela não dá moleza, é disso que a gente precisa.”

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