Zico vestiu vermelho e preto, mas não era a camisa do Sport. Fez golaço no Arruda, mas não pelo Santa Cruz. Já foi banco de um antigo craque alvirrubro sem sequer jogar pelo Náutico. Não é pernambucano, mas tem histórias aqui. Hoje, data em que completa 70 anos, a Folha de Pernambuco relembra passagens do Galinho de Quintino, ídolo do Flamengo e da Seleção Brasileira, contra o Trio de Ferro da Capital e também com a camisa amarelinha no Recife.
Primeiro, é preciso fazer uma semicorreção: Zico jogou pelo Sport. Tudo bem, não é o que foi camisa 10 do País nas Copas do Mundo de 1982 e 1986. Não era o famoso “Arthur Antunes Coimbra”, mas sim Jair Theodoro dos Santos, o “Zico do Sport”, que atuou pelo clube justamente no ano de 1987, em que o Leão foi condecorado como campeão brasileiro. Título que até hoje tem polêmica quanto ao módulo de disputa, gerando uma rivalidade com o Flamengo, que também se considera ganhador da competição, embora a Fifa reconheça apenas os pernambucanos.
O “Zico do Sport” enfrentou o xará e teve até uma foto postada pelo “Zico oficial” em uma rede social. Quem também enfrentou o craque do Flamengo foi o ex-jogador Zé do Carmo. Em uma partida, inclusive, o então atleta tricolor viu de perto o gol que o próprio Galinho considera o mais bonito de falta que já marcou.
“Uma vez me perguntaram como foi marcar Zico. Eu respondi: ‘não sei, nunca consegui’. No Brasileiro de 87, teve aquele golaço dele de falta. Eu me lembro de Birigui (goleiro) irritado antes da cobrança, xingando até minha mãe. Ele diz que eu me virei na barreira e fiquei olhando para ele, dizendo que queria ver o gol de Zico. Não me recordo disso, mas como essa história deu ibope, né? Vai ver eu realmente tinha me virado para olhar a bola entrar”, brincou o ex-jogador, no terceiro gol flamenguista na vitória por 3×1 diante do Santa Cruz, no Maracanã.
Outro golaço de Zico com história em Pernambuco foi em 1986, pela Seleção Brasileira, na vitória por 4×2 diante da antiga Iugoslávia, em amistoso, no Arruda. O camisa 10 recebeu no meio, limpou um marcador, driblou o goleiro e balançou as redes. O meia já tinha feito outros dois na mesma partida. Os últimos pelo Brasil.
Um dos maiores camisas 10 da Seleção, Zico já foi banco de um craque que brilhou no Náutico da década de 70: Jorge Mendonça. Durante a Copa de 1978, o ex-atleta alvirrubro chegou a colocar o ídolo do Flamengo na reserva. Pela Canarinho, inclusive, Jorge nunca perdeu, com sete vitórias e quatro empates, além de dois gols marcados.
Ao todo, Zico disputou 23 partidas contra o Trio de Ferro da Capital. Contra o Náutico, foram seis vitórias, dois empates e uma derrota. Diante do Sport, três triunfos e três tropeços. Perante o Santa, ganhou duas, empatou três e perdeu três. Por falar em revés para o Tricolor, tem um atleta que lembra bem de um dia em que os pernambucanos levaram a melhor.
“Eu me recordo de um jogo em 1975, no Maracanã, contra o Flamengo. Vencemos por 3×2, com dois gols meus, eliminando o time dele e seguindo até a semifinal”, citou Ramon, ex-atacante coral.
Confira histórico de Zico contra os clubes pernambucanos
Náutico: Seis vitórias de Zico, dois empates e uma derrota
Santa Cruz: Duas vitórias de Zico, três empates e três derrotas
Sport: Três vitórias de Zico e três derrotas
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Fonte: Folha PE