• Author, Helen Briggs
  • Role, Correspondente de Meio Ambiente
  • Twitter, @hbriggs

Crédito, JEANNE D’ARC PETNGA

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Cedric Fogwan segura uma das rãs-golias que quebraram recordes

Quando Cedrick Fogwan viu pela primeira vez uma rã gigante, ficou bastante impressionado com suas proporções.

As rãs-golias podem crescer até o tamanho de um gato e são consideradas os maiores anuros – ordem de anfíbios que inclui os sapos, rãs e pererecas – do mundo.

É quase como segurar um bebê (humano), diz ele, que carregou uma delas em uma missão de resgate.

O conservacionista camaronês ficou tão cativado que montou um projeto para lutar pelo futuro da espécie, que está ameaçada de extinção.

“Quando descobri que esta espécie era única – a maior do mundo – disse que era algo que não encontramos facilmente em nenhum outro lugar e fiquei orgulhoso disso”, diz ele.

“As pessoas na área dizem que são abençoadas por ter algo assim; eles atribuem a isso um valor cultural.”

Crédito, CEDRICK FOGWAN

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As rãs-golias podem ser tão grandes quanto um gato de estimação, medindo até 32 cm de comprimento e pesando mais de 3,25 kg

Durante décadas, a rã-golias foi caçada em excesso para alimentação e comércio de animais de estimação em Camarões e na Guiné Equatorial, os dois países onde é encontrada.

Seu habitat ao lado de rios e córregos está sendo rapidamente destruído e o anfíbio agora é classificado como ameaçado de extinção.

A rã é pouco conhecida pela ciência e, mesmo em Camarões, muitos locais desconhecem seu valor para o ecossistema – uma de suas funções é caçar insetos que danificam plantações.

Crédito, JEANNE D’ARC PETNGA

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A rã vive ao lado de córregos onde move pedras para fazer seus ninhos

A equipe de conservação trabalha para persuadir os caçadores a se tornarem cientistas cidadãos, registrando a localização das rãs em vez de usá-las como alimento.

Eles também estão trabalhando com grupos locais para ajudar a estabelecer a criação de caracóis para fornecer uma fonte alternativa de alimento.

O trabalho de conservação está começando a dar frutos, com rãs-golias retornando a novos rios na reserva do Monte Nlonako, na região litorânea de Camarões.

A ligação feita por um ex-caçador, que relatou que uma rã havia sido capturado por um vizinho, foi um ponto de virada para o projeto. Cedric conseguiu resgatar o animal e devolvê-lo à natureza.

“Acredito que podemos tê-la para sempre e podemos continuar orgulhosos dela”, diz ele.

O projeto para salvar a rã-golias é apoiado pelo Conservation Leadership Program (CLP) administrado pela Fauna & Flora International, BirdLife International e pela Wildlife Conservation Society.