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A Argentina viu os preços quase dobrarem no ano passado, quando a taxa de inflação anual do país atingiu seu nível mais alto em mais de 30 anos.

Dados oficiais mostram que os preços ao consumidor subiram 94,8% nos 12 meses encerrados em dezembro.

Foi o ritmo de inflação mais acelerado do país desde 1991.

No ano passado, o banco central da Argentina elevou sua principal taxa de juros para 75% enquanto tenta conter o aumento do custo de vida.

Em uma base mensal, a taxa de inflação mensal da Argentina ficou em 5,1% em dezembro.

O valor mensal foi uma pequena vitória para o governo do presidente Alberto Fernandez, já que a taxa de inflação mensal segue permanece abaixo do pico de 7,4% em julho.

Os políticos argentinos também podem se consolar com o fato de a taxa anual não ter atingido três dígitos em 2022.

Os aumentos de preços em dezembro foram liderados pelo aumento de custos em áreas como restaurantes, hotéis, bebidas alcoólicas e tabaco, que subiram mais de 7%.

Como a maioria dos países ao redor do mundo, a Argentina viu os preços subirem fortemente à medida que o custo das commodities, incluindo a energia, subiu.

Na Argentina, a alta dos preços é atribuída à elevada emissão de moeda pelo Banco Central e à guerra na Ucrânia.

Em dezembro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou mais US$ 6 bilhões dentro de um pacote de resgate para a Argentina, que é a segunda maior economia da América do Sul.

Esse foi o mais recente pagamento para a Argentina em um programa de 30 meses que deve atingir um total de US$ 44 bilhões.

No ano passado, o país teve três ministros da Economia em apenas quatro semanas.

Sergio Massa está no cargo desde agosto e implementou políticas duras na tentativa de conter a inflação desenfreada.