O ex-jogador do Vasco e ex-presidente do clube, Roberto Dinamite, foi enterrado na tarde desta terça (10), no Cemitério Nossa Senhora do Belém, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. O ídolo do Cruzmaltino faleceu aos 68 anos, vítima de tumor no intestino.
Antes do enterro de Dinamite, milhares de fãs acompanharam o velório, que foi aberto ao público. Uma missa foi realizada para familiares e convidados antes do cortejo final. Torcedores do Vasco e admiradores do craque gritaram o nome do ídolo na despedida final.
A chegada do caixão teve músicas da torcida do Vasco e um foguetório, com a rua decorada com bandeiras e faixas em homenagem ao ex-jogador. O corpo de Dinamite ficará no jazigo em que foram sepultados seus pais.
Mais do que ídolo vascaíno
Um dos maiores erros que a história pode cometer é restringir Roberto Dinamite ao Vasco. O atacante teve sua trajetória quase toda com a camisa do clube carioca, mas seus feitos extrapolaram o vínculo a um clube só.
Ele é o segundo maior goleador do Maracanã, templo do futebol mundial, e protagonizou partidas históricas no estádio. Foi nele onde conquistou o título brasileiro de 1974, contra o Cruzeiro, onde, em 1976, marcou um dos gols mais bonitos da história do futebol brasileiro, em que matou a bola no peito, deu um lençol no zagueiro Osmar, do Botafogo, e finalizou de voleio.
Símbolo de dias melhores
Dinamite foi o maior símbolo dos melhores dias do Vasco, de um time que arrastava multidões pelo Brasil, torcedores ansiosos pelo próximo título carioca ou do Brasileiro. A massa segue atrás do Cruzmaltino, mas hoje se preocupa com rebaixamentos ou retornos à primeira divisão.
O atacante protagonizou o auge do Clássico dos Milhões, nos anos 1970 e 1980, de partidas para mais de 100 mil pessoas no Maracanã, opondo o Vasco de Dinamite e o Flamengo de Zico.
Eram dias de muita rivalidade, mas também civilidade. Roberto Dinamite e Zico lideraram suas equipes em duelos históricos, mas mantiveram o respeito mútuo. Em dias tão nervosos quanto os de hoje, mundo se encantou com as demonstrações de carinho entre os rivais Rafael Nadal e Roger Federer, na ocasião da aposentadoria do tenista suíço. Pois Dinamite foi daquelas pessoas queridas até por rivais. No seu jogo de despedida, contou com a presença de Zico ao seu lado, vestido com a camisa do Vasco para prestigiar o amigo.
Roberto Dinamite explodiu ao longo da vida e hoje virou estrela. Como diz o hino do Vasco, que tanto tocou por sua causa, no céu a brilhar
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Fonte: Folha PE