População pode procurar assistência na Rede de Atenção Psicossocial do município, que conta com 17 Caps descentralizados na cidade. (Foto: Divulgação/SESAU)
O calendário da Saúde tem o mês de janeiro marcado pela cor branca. Isso porque o movimento dedicado à saúde mental neste período, conhecido como Janeiro Branco, acontece no início do ano por ser um período em que as pessoas estão mais focadas em resoluções e metas para o ano novo. Na capital pernambucana, a Prefeitura do Recife oferece assistência à saúde mental em 17 Centros de Atenção Psicossocial (Caps) para pessoas que precisam de apoio psicossocial e/ou de tratamento para transtornos decorrentes de sofrimento psíquico ou do consumo abusivo de álcool e outras drogas. (A lista das unidades pode ser conferida aqui: https://bit.ly/2Rz6fzo)
“O Janeiro Branco é um movimento social dedicado à construção de uma cultura da Saúde Mental na humanidade, com o objetivo de despertar na população e nas instituições o interesse por questões relacionadas ao bem-estar da mente. Aproveita-se o primeiro mês do ano, como uma oportunidade de reflexão sobre novos ciclos, para provocar nas pessoas a tarefa de olhar para suas vidas, suas relações, suas atividades laborais, seu lazer, enxergando todas as possibilidades de manutenção do psicológico e identificando as possíveis situações que possam levar ao adoecimento”, reforça o técnico da Política de Saúde Mental do Recife, Luiz Carlos Almeida.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde mental é um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade. Pontos também destacados pela Organização Panamericana de Saúde (OPAS), como detalha Luiz.
“De acordo com a OPAS, os determinantes da saúde mental e transtornos mentais incluem não apenas atributos individuais, que podem ser caracterizados como a capacidade de administrar os pensamentos, as emoções, os comportamentos e as interações com os outros, mas também os fatores sociais, culturais, econômicos, políticos e ambientais. Além disso, estresse, genética, nutrição, infecções perinatais e exposição a perigos ambientais também são fatores que contribuem para o adoecimento mental”, reforça.
Para procurar atendimento nos Caps, a população pode ir de forma espontânea nas unidades ou por encaminhamento de uma unidade de saúde da Atenção Básica. Os profissionais que trabalham nos Centros formam uma equipe multidisciplinar composta por médicos psiquiatras, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais. Dos 17 Caps oferecidos à população, quatro são Caps infantojuvenil, cinco são para transtornos decorrentes do uso de álcool e outras drogas e oito para transtornos mentais gerais. Deste total, sete deles oferecem acolhimento 24 horas.
Nessas unidades, há atendimento individual, atividades em grupo, trabalho com a família, visitas domiciliares e distribuição de medicamentos. Os usuários são atendidos de acordo com suas necessidades de saúde e vulnerabilidades, em diversas etapas.