Nascido em 1940, no município de Três Corações, em Minas Gerais, o jovem Edson, de apelido Dico, chegou a Bauru em 1944, com a família formada pelo pai, João Ramos do Nascimento, o Dondinho, a mãe Celeste, além dos irmãos Mária Lucia, de oito meses, e Jair, de dois anos. Foi na cidade paulista em que ele, aos 13 anos, integrou o elenco do Bauru Atlético Clube, mais conhecido como Baquinho – time que durou apenas dois anos. O suficiente para ficar na história como o clube de infância de Pelé.
Treinado por Waldemar de Britto, meia-direita da Seleção Brasileira da Copa do Mundo de 1934, Dico já despontava entre os mais jovens. Foi bicampeão da Liga Bauruense de 1954 e 1955. Ainda assim, meses depois da conquista, a equipe se desfez. Em um dos restaurantes da cidade, há um pôster com o time de 6 de abril de 1955. Lá, a imagem de um futuro Rei de apenas 15 anos. No ano seguinte, foi levado ao Santos. Dois anos depois, ele estava vestindo a camisa da Seleção Brasileira, no título mundial de 1958.
“Não importa o que alguém tenha dito, não sei quando, que Pelé não gostava de Bauru. Em todos os momentos da minha vida esportiva, em várias partes do mundo, nunca me esqueci desta cidade, às vezes colocando-a acima de minha terra natal, Três Corações. Em todas as vezes que fui chamado a dar entrevista, contando os fatos do início da minha carreira, sempre citei Bauru com muito carinho. E dizia a mim mesmo que não poderia morrer sossegado, enquanto não viesse receber o título de cidadão (concedido em 1962)”, afirmou Pelé.
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Fonte: Folha PE