Simone Tebet (à esquerda) e Marina Silva (à direita) — Foto: Arte/g1
O presidente eleito, Lula (PT), convidou a senadora Simone Tebet (MDB-MS) para ocupar o Ministério do Planejamento, afirmam fontes próximas ao futuro governo.
Tebet ainda não respondeu e hesita porque entende que não tem afinidade com a agenda econômica do PT.
Entenda abaixo a sequência de fatos que levaram a esse convite, começando por um entrave com a senadora Marina Silva (Rede-SP):
Capítulo 1: Marina Silva no Meio Ambiente
. Nesta sexta-feira (23), Tebet foi convidada por Lula para o Ministério do Meio Ambiente, mas impôs uma condição: só diria “sim” se Marina Silva aceitasse ocupar o posto de autoridade climática.
. Marina recusou desempenhar essa função, por considerá-la “muito técnica”. Isso inviabilizou a nomeação de Tebet.
. Lula, então, chamou a própria Marina Silva para assumir o Ministério do Meio Ambiente.
Capítulo 2: O que fazer com Tebet?
. Na noite de sexta-feira (23), Lula pegou o mesmo avião que Tebet para ir de Brasília a São Paulo.
. Durante o voo, o presidente eleito sondou se Tebet toparia ocupar o Ministério do Planejamento. Pediu que ela não respondesse de imediato.
. A conversa definitiva ficou para segunda (26) ou terça-feira (27).
Capítulo 3: Aceitar ou não?
. Ainda na sexta, Tebet conversou com ministros de Lula e ouviu deles que o presidente eleito realmente a quer no governo.
. Fernando Haddad, futuro ministro da Fazenda, teria gostado da ideia de nomeá-la para o Planejamento.
. Ainda assim, Tebet está em dúvida se aceita ou não o cargo por causa da agenda econômica do PT. A senadora considera que tem mais afinidade com pautas de educação, meio ambiente e desenvolvimento social.
. No MDB, Lula já havia consultado o presidente nacional do partido, Baleia Rossi, sobre colocar Tebet no Planejamento. Na ocasião, ela havia negado a ideia.
Capítulo 4: Mais um na briga?
. Outro nome cotado para o Ministério do Planejamento é o de André Lara Resende, um dos criadores do Plano Real. O economista já disse “não”, mas aliados acreditam que Lula ainda pode tentar convencê-lo a mudar de ideia.
. Ou seja: o quadro segue indefinido.