Após oito semanas de alta, as farmácias registraram uma queda de 21% nos testes positivos para a Covid-19. Entre os dias 5 e 11 de dezembro, foram 31.972 novos diagnósticos nas unidades pelo país, contra 40.631 casos identificados 14 dias antes, no fim de novembro. Os dados são da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).
Na primeira semana de dezembro, as drogarias já haviam indicado uma desaceleração do ritmo de crescimento da doença após registrar 41.848 testes positivos – apenas 3% a mais que nos sete dias anteriores. Agora, as unidades dão o primeiro sinal, desde que os casos voltaram a subir no meio de outubro, de que a nova onda da Covid-19 entra em trajetória de queda.
Antes de os casos voltarem a subir, as farmácias registavam os patamares mais baixos de casos da Covid-19 desde o início da pandemia. No início de outubro, chegaram a contabilizar menos de mil diagnósticos em sete dias.
Além disso, caso mantenha a tendência de diminuição, essa terá sido a menor alta do novo coronavírus registrada nas farmácias desde o início da pandemia. Enquanto o pico atual terá sido de quase 42 mil diagnósticos em uma semana, esse número chegou a aproximadamente 80 mil na onda passada, em junho, e a 327 mil em janeiro, quando a variante Ômicron chegou ao Brasil.
No entanto, os números oficiais do país reportados pelas secretarias estaduais de Saúde, e reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa, ainda não mostram a queda observada nas farmácias.
Segundo o levantamento, que acrescenta os diagnósticos em laboratórios privados e feitos na rede pública, as médias móveis de casos e óbitos pela Covid-19 tiveram alta de 33% e 30%, respectivamente, nesta segunda-feira, em comparação com os números de 14 dias atrás.
Porém, assim como os diagnósticos começaram a subir em outubro quase um mês antes nas drogarias e nos laboratórios, durante a última onda da doença, em junho, as farmácias também indicaram a queda algumas semanas antes dos registros oficiais acompanharem a diminuição.
Busca pelos testes em queda
O último levantamento da Abrafarma mostra ainda que a procura pelos testes rápidos nas farmácias caiu 26%, passando de 116.235 diagnósticos realizados no fim de novembro para 86.480 na segunda semana de dezembro. A chamada taxa de positividade – proporção dos testes com o resultado positivo para a Covid-19 –, porém, se manteve em estabilidade, saindo de 35% para 37%.
É o percentual mais alto desde janeiro, quando chegou a 42%. Em junho, na última alta da Covid-19 no Brasil, embora as farmácias tenham chegado a identificar 80 mil casos em apenas uma semana, o dobro do que registram hoje, a proporção de positivos em relação ao total de testes realizados não chegou a 35%.
A positividade é um indicador importante em meio à procura mais baixa pelos testes, explicam os especialistas, porque muitas pessoas não recebem o diagnóstico e circulam com a doença sem saberem que estão infectadas.
As informações das farmácias e drogarias são referentes a mais de 8,9 mil unidades de todos os estados brasileiros, parte das 26 maiores redes do país, reunidas pela Abrafarma. Em dezembro, as filiais ultrapassaram a marca de 20 milhões de testes realizados desde o início da pandemia.
“É um número que reforça o protagonismo assumido pelo varejo farmacêutico a partir da pandemia, consolidando sua importância como centro de saúde e atenção primária. Graças à capilaridade e facilidade de acesso, o setor consegue desafogar a rede pública e estimula a adesão da população aos tratamentos clínicos”, diz o CEO da Abrafarma, Sergio Mena Barreto, em comunicado.
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Fonte: Folha PE