Há quem torça para uma semifinal entre Brasil e Argentina. Outros queriam ver um novo encontro com a Holanda. Os mais ansiosos e empolgados já imaginam uma decisão com a França, para dar o troco de 1998, edição em que a Canarinho foi vice para os franceses. Ou a Inglaterra, para vencer os inventores do futebol. Até mesmo Portugal, em um embate envolvendo Neymar e Cristiano Ronaldo. Os cenários são diversos, mas só existirão na realidade se a Seleção cumprir seu papel no desafio do presente. E ele tem nome: Croácia. Esse é o adversário brasileiro nesta sexta (9), pelas quartas de final da Copa do Mundo 2022, às 12h (de Brasília), na Cidade da Educação.
Dias de calmaria
Depois de passar vésperas de jogos convivendo com problemas de peças lesionadas, o Brasil teve uma semana mais tranquila. Contra a Croácia, a Seleção pode ter o retorno do lateral-esquerdo Alex Sandro, recuperado de lesão no quadril. A tendência, porém, é que o jogador não comece o confronto. Com isso, Danilo deve seguir improvisado na esquerda, com Éder Militão permanecendo na direita.
Vai dançar de novo?
Na goleada por 4×1 diante da Coreia do Sul, nas oitavas de final, a cena que mais chamou atenção foi a comemoração do técnico Tite após gol de Richarlison, fazendo a “dança do pombo” com os atletas. Momento que gerou críticas do ex-jogador Roy Keane, mas que foi defendido por outros ex-atletas. Será que terá mais dança perante os croatas?
“Aqueles com quem eu trabalho e realmente me conhecem nos bastidores sabem que se tiver de dançar, vou dançar. Só que tenho que treinar mais. Pescoço é duro“, brincou o treinador. O bom humor, porém, não tira o respeito do profissional pelo adversário, principalmente pela força da Croácia em prorrogações. “Há uma qualidade técnica individual e coletiva. Há uma resiliência, persistência, e para chegar ao alto nível isso é preciso. Meu foco é repetir o padrão e fazer um jogo de excelência da Seleção Brasileira. Aí, quem for melhor vai passar”.
Superar o cansaço
Em 2018, a Croácia disputou por três vezes a prorrogação. Nas oitavas e nas quartas, levou a decisão para as penalidades, superando Dinamarca e Rússia, respectivamente. Nas semifinais, também no tempo extra, venceu a Inglaterra por 2×1. Neste Mundial, no primeiro mata-mata, os croatas também passaram dos 120 minutos e, nos pênaltis, venceram o Japão.
“Talvez esteja escrito no céu que a Croácia tem que vencer assim”, afirmou o zagueiro Dejan Lovren. O técnico Zlatko Dalic tem costumeiramente elogiado a Seleção e, ao falar do favoritismo do Brasil no confronto, usou até uma comparação populacional para reforçar a disparidade. “Somos quatro milhões de croatas. O que fizemos nos últimos anos é um milagre. Somos como um bairro de uma cidade brasileira”.
Melhor do mundo em 2018, o meia Luka Modric pediu cuidado especial para um companheiro seu de Real Madrid, o atacante Vinícius Júnior. “Ele é excelente jogador, pessoa muito boa. Tem muita capacidade física e desde que ele entrou no Real, ele demonstra isso no clube em todos os jogos e também no vestiário. Ele está fazendo a mesma coisa nesta Copa. Temos difícil missão de tentar pará-lo”, afirmou o croata.
Será a terceira vez que Brasil e Croácia se enfrentam em Copa. Nas outras duas, a Canarinho venceu, sendo 1×0 em 2006 e 3×1 em 2014, ambas na estreia da fase de grupos.
Ficha técnica
Brasil
Alisson; Éder Militão, Thiago Silva, Marquinhos e Danilo; Casemiro, Lucas Paquetá e Neymar; Raphinha, Richarlison e Vini Junior. Técnico: Tite
Croácia
Livakovic; Juranovic, Lovren, Gvardiol e Barisic; Brozovic, Modric e Kovacic; Kramaric, Petkovic e Perisic (Orsic). Técnico: Zlatko Dalic.
Local: Cidade da Educação (Doha, Catar)
Horário: 12h
Árbitro: Michael Oliver (ING). Assistentes: Stuart Burt e Gary Beswick (ING)
VAR: Pol Van Boekel (HOL)
Transmissão: Globo, SporTV, Cazé TV (Twitch e Youtube)
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Fonte: Folha PE