O craque Luka Modric e o técnico da Croácia Zlatko Dalic consideraram o duelo contra o Brasil desta sexta-feira, pelas quartas de final da Copa do Mundo do Catar, como o mais importante para sua seleção e até comparável à final de 2018 em que os croatas perderam para a França.
“Acho que fizemos algo de muito bom ao chegar às quartas mas independente disso queremos fazer mais. Talvez a nossa maior partida no Mundial esteja na nossa frente já que o Brasil é um dos grandes favoritos”, disse o veterano meia do Real MAdrid, de 37 anos.
“Temos que ser nós mesmos, dar o nosso melhor, como já fizemos em vários jogos. E se assim fizermos poderemos vencer. Temos nossa força e confiança em nós mesmos”, acrescentou.
Modric lembrou do retrospecto negativo diante dos pentacampeões, mas demonstrou confiança. “Já enfrentamos o Brasil algumas vezes, mas ainda não vencemos. O Brasil tem jogadores fenomenais na defesa, no meio e no ataque. Teremos que jogar muito acelerados, mantê-los sob controle. E teremos que ser agressivos de alguma forma. Não podemos dar liberdade a eles”.
Apesar do desgaste sofrido diante do Japão nas oitavas, quando a Croácia precisou jogar 120 minutos e só venceu nos pênaltis, Modric lembrou da resiliência de sua equipe, algo já visto na Copa de 2018, quando passou por três prorrogações até a final.
“Vamos ver. Cada jogo é único. Já podemos demonstrar nossa fortaleza física e normal. E caso a partida tenha que ser disputada nos pênaltis, estamos preparados”.
Perguntado sobre os elogios feitos a ele por seu companheiro de Real Madrid, Vinícius Jr, ele retribuiu. “Ele é uma pessoa muito boa. Temos um excelente relacionamento. O Vinícius tem muita velocidade e talento e desde que chegou ao Real Madrid mostrou isso. Temos uma tarefa difícil que é pará-lo. Obviamente, posso dar conselhos aos meus companheiros, uma dica aqui e outra ali”.
Mais uma ‘final’ para o técnico Dalic
O técnico Zlatko Dalic também destacou a dificuldade que será enfrentar a seleção brasileira. “Eu acredito que a partida que temos pela frente será a mais exigente.
Posso compará-la com a final contra a França na Copa passada. O Brasil é muito forte e será um grande desafio para nós. Eu gostaria que fosse mais adiante na Copa, numa final. Mas a vida é assim”.
Perguntado sobre o jogo em que o Brasil venceu a Sérvia com gols no segundo tempo (2-0), o treinador apontou o erro dos sérvios e acha importante tirar uma lição dessa partida. “A Servia caiu numa armadilha. Ficaram nervosos. Foi um jogo único e após o gol a Sérvia não conseguiu manter o ritmo. Não podemos nos permitir entrar em pânico e em conflito com nós mesmos”.
Sobre a decisão de substituir Modric na prorrogação contra o Japão, o técnico se justificou: “Eu tirei o Luca já com 100 minutos de jogo. Nós conversamos antes. Os jogadores do Japão estavam correndo longas distâncias. Acho que foi uma abordagem eficaz. E temos que cuidar dele. Graças à substituição ele descansou mais e vai estar pronto para o jogo de amanhã”.
E sobre as perguntas se esta será sua última participação pela seleção croata e se o fim da carreira está muito próximo, Modric despistou: “Não estou preocupado com o futuro. Vamos ver. Estou 100% concentrado na partida desta sexta-feira. Depois vemos o futuro. Não tenho segredo para rejuvenescer. Só faço exercícios. Se alguém souber como se faz para rejuvenescer, por favor me avise”, brincou o veterano.
Brasil e Croácia se enfrentam nesta sexta-feira às 18h locais (12h de Brasília) no estádio Education City, em Doha.
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Fonte: Folha PE