O mundo alcançou, nesta 3ª feira (15.nov), a marca de 8 bilhões de pessoas. A cifra, confirmada pela plataforma Worldometer, foi projetada inicialmente pela Organização das Nações Unidas (ONU), que aponta para mais da metade da população morando na Ásia, com a Índia e a China representando a maior parte dos habitantes – 2,3 bilhões.
Apesar do crescimento populacional significar um avanço científico e melhorias na expectativa de vida, o secretário-geral da ONU, António Guterres, adverte para a desigualdade social. Segundo ele, caso o mundo não supere essa lacuna financeira, o cenário global pode ser representado por “tensões, crises e desconfiança”.
“Os que estão entre os 1% mais ricos do mundo detém um quinto do rendimento mundial. As pessoas nos países mais ricos podem viver até 30 anos a mais do que nos países mais pobres. À medida que o mundo se tornou mais rico e saudável nas últimas décadas, essas desigualdades também se agravaram”, diz Guterres.
Ele alerta que a situação, já agravada pela pandemia de covid-19, pode piorar em meio a crise climática e a guerra na Ucrânia. “Estas desigualdades têm um maior impacto nas mulheres e em grupos marginalizados que já são discriminados. Muitos países do sul global enfrentam enormes dívidas, agravando a pobreza e a fome”, completa.
No geral, a taxa de crescimento atual da população está em cerca de 0,84% ao ano, ou seja, um acréscimo de 67 milhões de pessoas a cada 12 meses. Para os próximos anos, a ONU prevê que o mundo atinja 9 bilhões de habitantes em 2037 e 10 bilhões de pessoas 21 anos depois, em 2058.