Da energia presente nas interações entre as moléculas ao agravamento do efeito estufa que culmina no aquecimento global, há um universo variado de temas condizentes com tudo o que vive e se transforma dentro de nós e ao nosso redor.
Categorizadas em três disciplinas “básicas” – Química, Física e Biologia -, as Ciências da Natureza compõem, ao lado da Matemática, o “campo das exatas” que ocupa o segundo dia de provas do Exame Nacional do Médio (Enem), o domingo 20 de novembro.
Em um teste extenso e multidisciplinar como este, o aluno deve recorrer, primeiro, às questões mais fáceis. “A prova do Enem mede coerência de respostas”, alerta o professor de Química Fábio Costa, do Colégio GGE.
“Não adianta errar as fáceis e acertar as difíceis, saber, por exemplo, que o quadro da Mona Lisa está no Museu do Louvre e não saber que a capital da França é Paris. Porque, pelo cálculo da Teoria de Resposta ao Item, ele vai interpretar que o candidato chutou”.
Assim, a primeira atitude a se tomar é demarcar, logo de cara, os itens aparentemente mais simples. “Folheando a prova rapidamente, você vai encontrar questões com enunciados menores e com aqueles assuntos que você domina. Quando você faz isso, já marca umas 15 questões, que são um terço da prova”, diz o professor.
Reações, energias e vidas
Caracterizado pela multidisciplinaridade, que junta três disciplinas em um só bloco de quesões, o exame pode trazer, em um mesmo item, conteúdos de duas ou das três matérias, por vezes, relacionados, inclusive, a outras áreas do conhecimento. Nesse sentido, há um tema que se sobressai: o meio ambiente.
“Fontes alternativas de energia, os impactos da extração do petróleo… Esses assuntos são muito ricos”, resume o professor Fábio Costa, que elenca, entre as possíveis temáticas abordadas na parte de Química, forças intermoleculares, eletroquímica e reações orgânicas (veja na tabela acima).
Na área da Física, a palavra-chave é energia. “Teoria ondulatória, eletrodinâmica, de fluidos, potência, consumo. E todas as energias, mecânica, calorífica, elétrica, luminosa. Se o aluno fizer um levantamento desses itens, ele já tem aí em torno de oito ou nove questões da prova”, comenta o professor Carlos Japwwa, também do GGE.
“Na prova, a Física vem muito com Química, muito com Geografia, na parte de distribuição de calor e produção de energia, principalmente numa época de crise energética, que deve ser trabalhada”.
Já o professor de Biologia Daniel Senna, do Colégio Salesiano, acredita que a edição de 2022 será parecida com a do ano passado, mais conteudista do que as anteriores.
“Devemos ter uma prova como a última, mas com alguns ineditismos. Houve uma saída de técnicos do Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, que faz o Enem], e isso comprometeu o banco de questões lá. Vale a pena lembrar essas duas possibilidades: ou vai ter o que sobrou de itens inéditos ou haverá o reaproveitamento de questões antigas do Enem ou de outros vestibulares”, observa.
Diante disso, é bom revisar tópicos que dominavam as primeiras versões do Enem, como evolução, citologia e ecologia. “Eram temas que apareciam bastante, com ênfase em poluição ambiental”, avalia.
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