Dado Cavalcanti quer continuar no comando do Náutico. Mesmo após o rebaixamento do clube à Série C do Campeonato Brasileiro, decretado após a vitória por 3×2 da Chapecoense diante do Tombense, na última sexta (21), na Arena Condá, pela Série B, o treinador ressaltou que pretende seguir no clube e explicou os motivos por trás da decisão.
“Não falei com alguém da direção sobre permanência. Mas visualizo uma vantagem: já vivenciei e senti tudo que aconteceu neste ano, independente do que vai ocorrer nas próximas rodadas. Sou o último treinador do ano e vejo isso como algo vantajoso no ponto de vista de avaliação”, iniciou o treinador.
“Nos últimos clubes que passei, não tive opção de escolha. Assumi o Vitória após eles terem sofrido uma punição da CBF, sem poder contratar em 2022. Todos os jogadores foram contratados em 2021 e, quando fui contratado, todos os atletas já tinham sido contratados. Não tive opção de sentar, pensar em perfil e até vetar uma ou outra contratação”, explicou.
“No Vila Nova, tentei resistir até a abertura da janela, quando eu já estava caçando atletas que poderiam reforçar o grupo. Foram contratados 12 atletas na abertura da janela que ajudaram o Vila para escapar do rebaixamento. Muitos captados antes, com minha participação. Aqui, no Náutico, também vivenciei isso agora. Tenho essa sede de iniciar um trabalho, direcionando, buscando a menor aleatoriedade possível. Fazer uma captação mais agressiva, buscando informações. O interesse existe principalmente por isso. Quando tive isso, consegui um êxito absurdo, com o título da Copa do Nordeste no Bahia (2021). Em outros clubes, como no Paysandu, foi campeão invicto no estadual e campeão na Copa Verde”, completou.
Sobre o trabalho no Náutico, Dado explicou o que, em sua visão, poderia ter sido feito de forma diferente para tentar diminuir as chances de queda. “Lamento ter chegado com um elenco numeroso de atletas e, quando isso acontece, preterindo alguns atletas, existe a dificuldade de construir uma unidade. Não tenho um dedo a levantar sobre profissionalismo. Todos que estavam aqui procuraram fazer o melhor, mas é muita gente. Tentei usar o máximo de jogadores possível. Cometer algumas injustiças com alguns atletas, tirando um espaço deles para promover uma maior unidade do grupo, talvez fosse algo que faria se eu pudesse voltar atrás”.
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Fonte: Folha PE
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