Uma organização criminosa, especializada em extorsão mediante sequestro de funcionários de instituições financeiras, foi alvo de uma operação da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), nessa quinta-feira (20).
A corporação cumpriu seis mandados de prisão e oito mandados de busca e apreensão durante a operação Shoes Off, sendo um deles no cativeiro utilizado para os crimes, em Agrestina, no Agreste do Estado, onde o bando solicitava, para resgate das vítimas, o pagamento com recursos oriundos dos bancos em que elas trabalhavam.
“Eles monitoravam a rotina das vítimas, identificavam os funcionários através de banco de dados e consultura de placas de carros. Quando as vitímas chegavam em suas residências, eles faziam o arrebatamento, conduziam as vítimas até o cativeio, mantinha eles e familiares reféns por uma noite. No dia seguinte, liberavam as vítimas para ir até o banco e, nesse momento, os valores eram repassados para eles”, informou o delegado Rodolfo Cartaxo, responsável pela investigação.
No local, foram apreendidos diversos objetos, entre camisas das polícias Civil e Federal e da Receita Federal, além de giroflex, sirenes usadas em viaturas. No cativeiro, a polícia realizou uma prisão em flagrante, o bloqueio de ativos financeiros e a apreensão de bens móveis.
De acordo com a PCPE, é provável que o grupo seja responsável por outras ocorrências em Pernambuco e estados vizinhos, já que possuíam o material característico da corporação, podendo os suspeitos terem se passado por policiais e servidores da Receita.
A PCPE informou ainda que a organização criminosa é responsável por ao menos sete crimes de extorsão com sequestros em Pernambuco, ocorridos desde 2019. Há suspeita da prática do crime também em Alagoas.
“Nós conseguimos encontrar um vasto material. Artefatos explosivos, armas de fogo, munições e esses materiais foram reconhecidos pelas vítimas. Esses artefatos explosivos eram amarrados nas crianças que pertenciam a família das vítimas como forma de ameaçar”, afirmou o delegado Paulo Berenguer.
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