Com destaque do agro, PIB de Pernambuco deve crescer 1% em 2022, estima Santander

Após recuar 2% no ano passado, o setor agropecuário deve crescer 4,2% no estado de Pernambuco em 2022, mais do que o dobro da taxa de 1,7% prevista para a média da região Nordeste no período. As estimativas fazem parte de um estudo especial do Departamento Econômico do Santander sobre economia regional.

Realizado anualmente, o levantamento apresenta projeções do banco por estados e regiões do País para o horizonte de 2020 a 2023. Os últimos dados oficiais do IBGE para as economias estaduais foram publicados em 2019.

Nas projeções do Santander, o PIB brasileiro vai avançar 2,6% este ano, enquanto o Nordeste e a economia pernambucana devem mostrar alta de 1,7% e 1%, respectivamente. Pernambuco é o estado com o segundo maior peso na economia nordestina, de 18,4%, atrás apenas da Bahia (28%).

Pelos cálculos de Gabriel Couto, economista do Santander e autor da pesquisa, o crescimento previsto para o PIB agro pernambucano este ano só ficará atrás da expansão do segmento nos estados de Alagoas (4,6%) e Sergipe (4,5%), considerando as nove unidades federativas do Nordeste. Na média do País, a expectativa é que a agropecuária recue 0,3% em 2022.

“O agro deve apresentar recuperação relevante em Pernambuco este ano, considerando que houve recuo de 2% desse setor no estado em 2021. O setor tem peso de 4,5% no PIB pernambucano, enquanto na média no Nordeste esse percentual é de 6,5%”, aponta Couto.

No setor de serviços – o maior na economia pernambucana, já que é responsável por 75,8% do PIB estadual -, o crescimento deve ser de 1,4% em 2022 no estado, após aumento de 4% em 2021, projeta o Santander. “Estimamos que a reabertura da economia tenha permitido que o setor de serviços no Nordeste compensasse totalmente em 2021 a contração de 2020”, diz Couto.

Por fim, na contramão da agropecuária e dos serviços, o PIB industrial de Pernambuco deve deixar avanço de 0,9% em 2021 e cair 2,5% no ano corrente. Na média do Nordeste, o setor subiu 0,6% no ano passado e vai recuar 0,3% este ano, calcula o banco. Para o Brasil, a perspectiva é de alta de 0,9% na atividade da indústria em 2022.