Dado cita “aleatoriedade” em comportamento do Náutico diante do Sampaio

O técnico Dado Cavalcanti vinha destacando, em suas entrevistas, que percebia uma evolução no Náutico nos últimos três jogos. A conta levava em consideração não somente os triunfos em casa, contra Ituano e Brusque, como até mesmo o tropeço perante o Vasco. Porém, o que se viu diante do Sampaio Corrêa, nesta sexta (23), nos Aflitos, decepcionou o comandante. Abatido, ele chamou de “aleatório” o comportamento do time na derrota por 3×1.

“À medida que o tempo passava, nossa equipe ficou, de certa forma, jogando de forma aleatória. Interpreto como o jogo mais aleatório que fizemos até hoje. Alguns jogadores cruciais, que seguram a onda da intensidade da equipe, não estiveram bem tecnicamente”, frisou, mostrando preocupação também o aspecto mental dos alvirrubros. 

“Desde a oitava, nona rodada, o Náutico briga na parte de baixo da tabela. Quando as coisas não andam, existe a frustração. A confiança é abalada. Nunca neguei que tinha preocupação com a condição psicológica, a força emocional para reverter o quadro. Tudo conspira negativamente. O que pode conspirar positivamente é a vitória. Isso poderia trazer leveza ao ambiente. Tivemos duas boas vitórias aqui e fizemos um bom jogo contra o Vasco, mesmo perdendo. Não esperava chegar aqui e ter esse nível de comportamento. Mas temos de passar por cima. Vamos procurar fazer o nosso melhor dentro de campo para buscar os resultados”, completou. 

O Náutico segue na lanterna da Série B, com 27 pontos. Na próxima rodada, o Timbu terá pela frente o Clássico dos Clássicos contra o Sport, na Ilha do Retiro. Para o jogo, é certo que a equipe não terá o zagueiro Arthur, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, além dos defensores Maurício e Wellington, lesionados.

“Não sei como estará a condição de Wellington. Arthur está suspenso. Eu terei dificuldades na escalação. Isso traz ingredientes negativos, mas paciência. Continuarei fazendo meu máximo, lutando. Quarta temos outro jogo e não podemos ficar remoendo. Não tenho cara para ficar chamando nosso torcedor toda hora. Posso afirmar apenas que alguma coisa mudou. Espero que seja suficiente para trazer a confiança da torcida, como foi em outros jogos. Fazendo a nossa parte, ela estará conosco. Mas não podemos usar discurso populista, jogar confete. Sendo bem honesto: precisamos de resultados para o torcedor ficar ao nosso lado”, finalizou.