Uma fotografia rara de um cometa que nunca mais será visto da Terra ganhou um prestigioso prêmio de fotografia.
A imagem mostra um pedaço da cauda do cometa Leonard se partindo e sendo levado pelo vento solar.
O cometa fez uma breve aparição próximo à Terra depois de ser descoberto em 2021, mas agora deixou o nosso Sistema Solar.
O Observatório Real de Greenwich, em Londres, realiza a competição de Fotografia de Astronomia do Ano e classificou a imagem como “surpreendente”.
As imagens farão parte de uma exposição no Museu Nacional Marítimo, em Londres, a partir de sábado (17/9).
“Os cometas parecem diferentes de hora em hora — são coisas muito surpreendentes”, explicou o fotógrafo vencedor Gerald Rhemann, de Viena, na Áustria.
A foto foi tirada em 25 de dezembro 2021 de um observatório na Namíbia, que abriga alguns dos céus mais escuros do mundo.
Rhemann não tinha ideia de que a cauda do cometa se desconectaria, deixando um rastro de poeira cintilante atrás.
“Fiquei absolutamente feliz em tirar a foto. É o ponto alto da minha carreira de fotógrafo”, contou à BBC News.
O astrônomo Ed Bloomer, que foi um dos juízes da competição, disse que a imagem é uma das melhores fotografias de cometas da história.
“A astrofotografia perfeita é a colisão da ciência e das artes. A foto vencedora não é só tecnicamente sofisticada e projeta o espectador no espaço escuro profundo, como também é visualmente cativante e emotiva”, descreveu Hannah Lyons, assistente de arte dos Museus Reais de Greenwich à BBC News.
Os juízes analisaram mais de 3 mil inscrições de todo o mundo.
Para a imagem vencedora na categoria Jovem Fotográfo de Astronomia do Ano, os chineses Yang Hanwen e Zhou Zezhen, ambos com 14 anos, trabalharam juntos para fotografar Andrômeda, uma das galáxias vizinhas mais próximas da Via Láctea.
A imagem mostra as cores impressionantes de uma galáxia que fica perto de nós. “Acho que esta foto mostra o quão lindo é o nosso vizinho mais próximo”, disse Hanwen.
A categoria Jovem Fotógrafo de Astronomia do Ano contempla apenas competidores menores de 16 anos.
Lyons disse que ficou “deslumbrada” com a qualidade dos jovens fotógrafos, “que produziram as imagens mais notáveis”.
As imagens vencedoras e altamente elogiadas
Esta imagem do fotógrafo eslovaco Filip Hrebenda mostra a aurora boreal refletida em um lago gelado da Islândia perto da montanha Eystrahorn.
Peter Szabo recebeu menção honrosa na categoria na Jovem Fotógrafo de Astronomia do Ano por esta fotografia da Lua, que ele tirou em Debrecen, na Hungria.
A imagem usa processamento de alta qualidade para mostrar a superfície da Lua com detalhes incríveis, revelando uma visão que é familiar para a maioria das pessoas, mas de uma maneira extraordinária.
Péter Feltóti capturou esta imagem da Hungria. O IC 1805 é uma área que abriga enormes quantidades de gás ionizado e poeira interestelar. Um forte vento estelar sopra o material circundante para fora, criando uma forma oca semelhante a uma caverna em uma nuvem de gás.
“É muito difícil capturar nebulosas escuras com qualquer tipo de clareza”, explicou Ed Bloomer.
Essa astrofotografia é importante, acrescentou o especialista, porque revela características do cosmos que o olho humano não pode ver olhando apenas para o céu noturno.
Weitang Liang tirou esta foto da Nebulosa Helix em Rio Hurtado, no Chile.
“É fácil ver como os antigos costumavam observar as estrelas no céu e imaginar que o cosmos estava nos vigiando, mantendo um olhar atento sobre nós”, interpretou o juiz Imad Ahmed.
Esta imagem de Pauline Woolley combina fotos tiradas por grandes telescópios e ganhou o prêmio de inovação.
Ela mostra como o sol muda ao longo do tempo utilizando a ideia de datação por anéis das árvores.
Usando uma câmera comum, Lun Deng capturou esta imagem da Via Láctea ao subir a Montanha Minya Konka, o pico mais alto de Sichuan, na China.
Todas as imagens estão sujeitas a direitos autorais.
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