O assunto não chegou a ir à análise no conselho político da campanha do ex-presidente Lula, mas vinha sendo alvo de conversas bilaterais entre as pessoas mais próximas ao líder-mor do PT, que já defendiam a corrupção como um dos temas para o qual ele precisava se preparar de forma mais intensa.
“Foi tiro e queda”, relatam, à coluna, em reserva, integrantes do time do petista. A primeira pergunta da entrevista do Jornal Nacional, realizada na noite da última quinta-feira (25), dirigida a Lula foi exatamente sobre o tema. Resultado: ele recorreu a um mea culpa, admitindo ter havido corrupção na Petrobras.
Nas coxias, aliados admitem que uma parte do partido não era favorável ao movimento. E o PT, há muito tempo, era cobrado por isso. Não fazer o mea culpa já serviu de munição aos adversários. O próprio Lula disse que, “após cinco anos sendo massacrado”, estava tendo a oportunidade de falar, pela primeira vez, sobre o assunto diante da população de forma massiva.
Se fez um mea culpa, jogou, de outro lado, sobre presidente Jair Bolsonaro a pecha de quem interfere nos orgãos de controle: “A corrupção só aparece quando você permite que ela seja investigada”. E alfinetou: “Decreto de sigilo está na moda”. Se uma ala de petistas resistia a tal postura, outra já a defendia e argumentava que “a melhor resposta para isso era reconhecer”.
No day after, correligionários realçam que o presidente “escolheu a hora certa” para fazer. Aliados observam que, não à toa, Lula levou uma “cola” com todas as iniciativas do seu governo em relação à fiscalização e controle. Entre as medidas, Portal da Transparência, lei de acesso à informação, lei anticorrupção, Coaf.
Nos bastidores, aliados também já alertavam o seguinte: “Eles vêm para cima dos indicadores econômicos do governo Dilma”. Dito e feito. Com bom humor, Lula contou que ela própria o alertara sobre isso. Reconheceu, então, também “equívoco” dela na política de combustíveis e na desoneração. Uns aliados chamam de “reconhecer”, outros de “mea culpa”.
Tebet cita Jarbas Vasconcelos como exemplo
Indagada sobre o fisiologismo do MDB durante entrevista ao Jornal Nacional, nesta sexta (26), Simone Tebet disse que o “MDB é muito maior do que meia dúzia de seus políticos e seus caciques”. E enfatizou: “Meu partido é de Ulysses Guimarães, Tancredo Neves e Mário Covas”. Na esteira, citou Jarbas Vasconcelos e Pedro Simon, como nomes que, hoje, a inspiram. Jarbas chegou a receber, no Recife, recentemente, o senador Tasso Jereissati para debater a de ele vir a hipótese de ele vir a ser o candidato a vice de Tebet, quando isso era cogitado.
Debate > A convite do ex-governador Germano Rigotto e da economista Elena Landau, Alfredo Bertini compõe, agora, a equipe técnica da campanha de Simone Tebet. Ele, que é colunista desta Folha de Pernambuco, irá colaborar com a coordenação das áreas de Cultura, Turismo e Esportes e acompanha Tebet, neste domingo (29), no debate da Band.
Segurança > A Alepe promove, nos próximos dias 1 e 2 , um seminário de contribuição do Legislativo para a Segurança Pública voltado exclusivamente para integrantes de corporações da área. As mesas redondas serão comandadas por especialistas locais e nacionais, a exemplo do tenente coronal da PM do Rio, Uirá Ferreira, que conduzirá o painel “Narcotráfico e facções criminais. Os debates acontecerão no auditório Sérgio Guerra.
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Fonte: Folha PE
Autor: Renata Bezerra de Melo