O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve, por unanimidade, no último mês de abril, em sessão administrativa, acórdão da Corte que rejeitou a mudança de nome do Partido da Mulher Brasileira (PMB). A decisão se deu em cima da análise de embargos de declaração apresentados pela agremiação.
Antes, em março, o TSE já havia reprovado a alteração do nome do partido para “Brasil”. Ficou entendido, ali, que a mudança teria potencial para gerar confusão ou induzir o eleitor a erro. Na ocasião, o partido pediu que fossem analisados ainda os seguintes nomes: “Partido Brasil” e “Por mais Brasil”. Na ocasião, o relator, ministro Alexandre de Moraes, advertiu que tal solicitação não poderia se dar em sede de embargos.
Candidato a governador de Pernambuco pelo PMB, Jadilson Bombeiro, durante sabatina da Rádio Folha FM 96,7, realçou que o partido ainda vai trocar de nome. “Nosso partido ia ser Brasil 35 e, agora, vai ser Por Mais Brasil”. Indagado se houve fato novo que viabilize a alteração, Jadilson devolveu:
“A gente recebe informações da nacional. Isso é algo de diretriz e competência da esfera nacional. A gente aqui é soldado, só recebe as ordens e repassa. O que está no nosso conhecimento é que vai ser Por Mais Brasil, está faltando só o deferimento da Justiça”.
Jadilson fez a observação após ser indagado sobre a razão de o Partido da Mulher Brasileira ter um homem encabeçando a chapa na corrida pelo Governo de Pernambuco. Ele argumentou o seguinte: “Mas tem uma mulher como vice”. A vice dele é a advogda Fernanda Souto Maior. Ele prosseguiu:
“É feito um amigo meu falou assim: ‘O Partido Verde não tem uma árvore como candidata. É a sigla’'”.
Na sequência, Jadilson sublinhou: “E, além do mais, vai mudar agora”. Ele, então, informou que existe uma diretriz na legenda prevendo que a mulher “tem que estar na cabeça ou na presidência ou na vice, inclusive a título de presidência de partido, seja municipal, regional ou federal”.
Nacionalmente, o partido é presidido por Suêd Haidar. “No nosso caso, Haidar, que é a nossa presidente nacional, é uma mulher. O vice é um homem. No Estado, é um homem e a vice, uma mulher. No município, é um homem, a vice é uma mulher”. O debate sobre a mudança de nome do PMB ganhou fôlego quando o presidente Jair Bolsonaro cogitou se filiar à sigla, o que acabou não se concretizando e o PMB também não o apoia, hoje, na corrida presidencial.
Malha fina
A mudança de nome do PMB entrou em debate no período em que o presidente Jair Bolsonaro, então sem partido, ainda estudava a qual legenda se filiaria. Presidente nacional do PMB, Suêd Haidar admitiu, ali, ter tido conversa com Bolsonaro. Indagado sobre a razão de o PMB não apoiar o presidente na eleição deste ano, Jadilson Bombeiro diz o seguinte: “Política partidária ela tem vínculos e, até por força de lei, se você apoiar alguém que não está vinculado, não está ligado formalmente ao seu partido, você cai na malha fina da infidelidade partidária. Esse é o primeiro ponto”.
Nanico > “O segundo ponto é que não fcou nada firme. Se eu faço um acordo com voce e dá tudo certo, está tudo bem. Se não deu certo, não deu certo”, assinala Jadilson Bombeiro ainda sobre o PMB não apoiar Bolsonaro. Mas pondera: “Acredito que o fato de o presidente Jair Bolsonaro não ter vindo ao partido está relacionado ao tamanho do nosso partido. Nós somos pequenininhos. Temos apenas oito anos”.
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Fonte: Folha PE
Autor: Renata Bezerra de Melo