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Regularização fundiária: MPPE realiza audiências extrajudiciais com agricultores familiares de Itaquitinga e Quipapá para encaminhar aquisição de propriedades
Destaques do MPPE
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- Escrito por Bruno César Barros Bastos
- Categoria: Notícias
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19/08/2022 – Ser donos da terra onde vivem e trabalham é um desejo que está mais próximo de se tornar realidade para os agricultores familiares assentados nos Engenhos Curijó, em Itaquitinga, e Barão do Rio Branco, em Quipapá. A Promotoria de Justiça de Promoção da Função Social da Propriedade Rural promoveu audiências com os trabalhadores rurais, Instituto de Terras e Reforma Agrária de Pernambuco (Iterpe), Banco do Nordeste (BNB) e advogados que representam os donos dos imóveis para viabilizar a aquisição das propriedades pelos agricultores, mediante suporte dos programas governamentais de acesso à terra.
Nos dois casos, há consenso para a compra das terras através de financiamento pelo programa Terra Brasil, que permite a liberação de recursos pelo BNB com taxas de juros subsidiadas. Os agricultores familiares, organizados em associações, têm acesso ao crédito e podem pagar pela propriedade em até 25 anos, encerrando disputas judiciais em torno da posse dos imóveis.
“Foram duas audiências preparatórias, em que reunimos os atores envolvidos para definir prazos para que seja providenciada a documentação e solicitada a abertura do procedimento de compra e venda com o acompanhamento do Iterpe. A atuação do Ministério Público tem um viés de articulação e mediação para garantir aos agricultores o acesso à terra, trabalho, alimentação, crédito, infraestrutura e assistência técnica para que exerçam as suas atividades”, descreveu o promotor de Justiça Edson José Guerra.
Confira abaixo as deliberações tomadas em cada reunião. Nos dois casos, o MPPE já designou novas audiências para dar continuidade às negociações.
Engenho Curijó (Itaquitinga) – A propriedade tem 65 famílias e área de 326 hectares. Os trabalhadores rurais se comprometeram a reunir os assentados em assembleia para aprovar a negociação com os proprietários, que já demonstraram interesse em vender o engenho.
Os trabalhadores vão apresentar, no prazo de vinte dias úteis, ata de assembleia da associação aprovando a negociação, bem como a escolha de uma empresa de assistência técnica e extensão rural (ATER) certificada para promover a identificação das famílias, projeto financeiro e demais exigências legais para o processo de aquisição.
Por sua vez, o Iterpe se comprometeu a agilizar o processo de aquisição, que tem duração prevista de seis a doze meses. Ao longo desse trâmite, o Iterpe faz a vistoria e avaliação da propriedade rural, para em seguida requisitar o crédito fundiário. Os recursos são originários do BNB, que fará o financiamento em nome dos associados. Com o pagamento desse financiamento, eles serão definitivamente donos das terras.
Engenho Barão do Rio Branco (Quipapá) – A propriedade tem onze famílias. Os trabalhadores rurais se comprometeram a instituir, em até 30 dias, a associação de moradores e indicar ao MPPE e Iterpe a empresa de ATER escolhida por eles. Em seguida, devem comprovar as documentações exigidas pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário.
“Essa hipótese de financiamento é bem melhor, porque os trabalhadores irão pagar sua propriedade em pequenas parcelas, ao invés de esperar o resultado da Justiça na ação de usucapião. O processo judicial tem um resultado incerto, ao passo que o financiamento é certo, você paga e obtém a propriedade para si”, afirmou André de Azevedo e Silva, advogado dos trabalhadores rurais.
Na mesma reunião, a Superintendência do Banco do Nordeste detalhou os trâmites relativos à concessão do crédito fundiário; e o advogado do vendedor do engenho informou que já providenciou a documentação exigida para dar entrada no processo de compra e venda intermediado pelo Iterpe.
Regularização fundiária: MPPE realiza audiências extrajudiciais com agricultores familiares de Itaquitinga e Quipapá para encaminhar aquisição de propriedades [REDES SOCIAIS RELEASE INTERIOR]
Ser donos da terra onde vivem e trabalham é um desejo que está mais próximo de se tornar realidade para os agricultores familiares assentados nos Engenhos Curijó, em Itaquitinga, e Barão do Rio Branco, em Quipapá. A Promotoria de Justiça de Promoção da Função Social da Propriedade Rural promoveu audiências com os trabalhadores rurais, Instituto de Terras e Reforma Agrária de Pernambuco (Iterpe), Banco do Nordeste (BNB) e advogados que representam os donos dos imóveis para viabilizar a aquisição das propriedades pelos agricultores, mediante suporte dos programas governamentais de acesso à terra.
Nos dois casos, há consenso para a compra das terras através de financiamento pelo programa Terra Brasil, que permite a liberação de recursos pelo BNB com taxas de juros subsidiadas. Os agricultores familiares, organizados em associações, têm acesso ao crédito e podem pagar pela propriedade em até 25 anos, encerrando disputas judiciais em torno da posse dos imóveis.
“Foram duas audiências preparatórias, em que reunimos os atores envolvidos para definir prazos para que seja providenciada a documentação e solicitada a abertura do procedimento de compra e venda com o acompanhamento do Iterpe. A atuação do Ministério Público tem um viés de articulação e mediação para garantir aos agricultores o acesso à terra, trabalho, alimentação, crédito, infraestrutura e assistência técnica para que exerçam as suas atividades”, descreveu o promotor de Justiça Edson José Guerra.
Confira abaixo as deliberações tomadas em cada reunião. Nos dois casos, o MPPE já designou novas audiências para dar continuidade às negociações.
Engenho Curijó (Itaquitinga) – A propriedade tem 65 famílias e área de 326 hectares. Os trabalhadores rurais se comprometeram a reunir os assentados em assembleia para aprovar a negociação com os proprietários, que já demonstraram interesse em vender o engenho.
Os trabalhadores vão apresentar, no prazo de vinte dias úteis, ata de assembleia da associação aprovando a negociação, bem como a escolha de uma empresa de assistência técnica e extensão rural (ATER) certificada para promover a identificação das famílias, projeto financeiro e demais exigências legais para o processo de aquisição.
Por sua vez, o Iterpe se comprometeu a agilizar o processo de aquisição, que tem duração prevista de seis a doze meses. Ao longo desse trâmite, o Iterpe faz a vistoria e avaliação da propriedade rural, para em seguida requisitar o crédito fundiário. Os recursos são originários do BNB, que fará o financiamento em nome dos associados. Com o pagamento desse financiamento, eles serão definitivamente donos das terras.
Engenho Barão do Rio Branco (Quipapá) – A propriedade tem onze famílias. Os trabalhadores rurais se comprometeram a instituir, em até 30 dias, a associação de moradores e indicar ao MPPE e Iterpe a empresa de ATER escolhida por eles. Em seguida, devem comprovar as documentações exigidas pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário.
“Essa hipótese de financiamento é bem melhor, porque os trabalhadores irão pagar sua propriedade em pequenas parcelas, ao invés de esperar o resultado da Justiça na ação de usucapião. O processo judicial tem um resultado incerto, ao passo que o financiamento é certo, você paga e obtém a propriedade para si”, afirmou André de Azevedo e Silva, advogado dos trabalhadores rurais.
Na mesma reunião, a Superintendência do Banco do Nordeste detalhou os trâmites relativos à concessão do crédito fundiário; e o advogado do vendedor do engenho informou que já providenciou a documentação exigida para dar entrada no processo de compra e venda intermediado pelo Iterpe.
Destaques Notícias
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Concurso: após cumprir TAC firmado perante o MPPE, Câmara de Goiana corrige edital e reabre prazo de inscrições
19/08/2022 – A Câmara de Vereadores de Goiana adotou os procedimentos acordados com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) em termo de ajustamento de conduta (TAC) e publicou, em 8 de agosto, Errata nº05/2022 ao Edital nº 001/2022, que abriu concurso público para o Legislativo Municipal. Por meio da publicação da errata, o presidente da Câmara reabriu o prazo de inscrição para todos os cargos e corrigiu a formação exigida para o cargo de técnico de arquivo.
De acordo com a promotora de Justiça Patrícia Ramalho, a Câmara de Vereadores de Goiana havia publicado a Errata nº02/2022, substituindo as vagas de arquivista por técnico de arquivo. No mesmo documento, o órgão definiu a exigência de ensino médio completo para o cargo de técnico de arquivo, apontando que os nomeados para esse cargo passariam por treinamento específico conforme a legislação federal que regulamenta a profissão.
No entanto, conforme consulta efetuada ao Centro de Apoio Operacional de Defesa do Patrimônio Público do MPPE (CAO Patrimônio Público), esclareceu-se ser exigência prévia para o cargo, conforme preconiza a Lei Federal nº6.546/78, o treinamento específico em técnicas de arquivo em curso ministrado por entidades credenciadas pelo Conselho Federal de Mão-de-Obra, do Ministério do Trabalho, com carga horária mínima de 1.110 horas, conforme inclusive pesquisa realizada pelo CAO em editais para o mesmo cargo na esfera federal. Diante dessa orientação, a 1ª Promotoria de Justiça Cível de Goiana expediu recomendação ao presidente da Câmara de Vereadores e à Upenet, organizadora do certame.
Para definir as providências necessárias, em 3 de agosto a promotora de Justiça Patrícia Ramalho se reuniu com o vereador Eduardo dos Santos, presidente da Câmara de Goiana, para celebrar o termo de ajustamento de conduta. Na ocasião, ficou acertado que a exigência para o cargo de técnico de arquivo seria modificada para compatibilizar-se com a Lei Federal nº6.546/78.
Como houve alteração na formação exigida para esse cargo, MPPE e Câmara também acordaram pela reabertura das inscrições para todos os cargos do certame. Assim, os já inscritos para o cargo de técnico de arquivo que não possuem os requisitos podem alterar sua inscrição para outro cargo ou solicitar a devolução do valor pago.
O TAC foi publicado no Diário Oficial Eletrônico do MPPE de 18 de agosto.
Imagem acessível: foto mostra uma mão segurando caneta sobre uma folha de papel. O papel está sobre um apoio de cadeira escolar.
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Audiência pública: Promotoria de Inajá quer ouvir alunos, pais, sociedade e Município sobre transporte escolar no dia 1º de setembro
19/08/2022 – O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio da Promotoria de Justiça de Inajá, convoca a comunidade local para participar da audiência pública, com o objetivo de promover a oitiva sobre a prestação do serviço público de transporte escolar pelo Município de Inajá. A audiência será realizada no dia 1º de setembro (quinta-feira), às 9h, no auditório da Câmara Municipal e Vereadores de Inajá.
A participação será aberta a todos os interessados e as inscrições para exposição e uso da fala serão feitas na data e local, meia-hora antes do início.
O edital de convocação para a audiência pública foi publicado no Diário Oficial Eletrônico do MPPE desta sexta-feira (19/08).
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Olinda: Cobertura vacinal é tema de audiência com Secretarias Municipal e Estadual e Ministério da Saúde
19/08/2022 – Os percentuais de vacinação apresentados nos âmbitos nacional, estadual e municipais quanto às vacinas do calendário regular encontram-se abaixo das metas pactuadas, com a necessidade de acompanhamento da referida política pública de vacinação. Esse percentual baixo também está sendo observado no Município de Olinda. Diante disso, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio das 1ª e 2ª Promotorias de Justiça de Defesa da Cidadania de Olinda, com atuação na Infância e Saúde, realizou audiência com a Secretaria Municipal de Saúde de Olinda, Secretaria Estadual de Saúde e Ministério da Saúde, no dia 16 de agosto.
A audiência teve também como objetivo a prestação de informações e esclarecimentos pelo Município quanto à cobertura vacinal e ações realizadas para a busca ativa, tanto das vacinas da Covid-19 quanto às demais vacinas destinadas ao público infantojuvenil e do calendário regular de vacinação de adultos e pessoas idosas.
Ficou estabelecido pela promotora de Justiça de Saúde de Olinda, Maísa Melo, que, no prazo de 30 dias, a Secretaria de Saúde de Olinda apresentará planejamento estratégico para o fortalecimento da cobertura vacinal, contemplando a articulação com os demais entes federativos e as ações já iniciadas nesse período.
Na ocasião, o coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (CAO Saúde), promotor de Justiça Édipo Soares, ressaltou a importância de haver incentivo, através da promoção de políticas públicas, para que a população busque a vacinação. Por sua vez, a promotora de Justiça Aline Arroxelas (Infância/Olinda), afirmou que as Promotorias de Infância e de Saúde de Olinda vêm, desde o início da pandemia, atuando de forma conjunta para promover incentivos à vacinação no município e para garantir o pleno acesso às vacinas por todos os grupos vulnerabilizados no município, sobretudo as crianças e adolescentes. Destacou que quanto às crianças em acolhimento institucional foram feitas ações de cobertura vacinal pelo Município, contudo, ainda se percebem algumas demandas pendentes.
A Secretaria Municipal de Saúde de Olinda, por meio da participação de Luciana Lopes e Maria Eugênia Viana, informou acerca do incremento na cobertura vacinal ocorrido em 2019, a representante do município afirmou que foram realizadas busca ativa nos territórios, ações nas escolas. Foi informado ainda que já existem algumas estratégias traçadas para a realização de ações/campanhas/mutirões nas áreas descobertas do Município; que haverá a abertura de um ponto de multivacinação no Shopping Patteo; e que neste mês as policlínicas estão recebendo ações voltadas para o agosto dourado e que serão articuladas com campanhas de vacinação. Informou, por fim, que as policlínicas têm sala de vacinação com todas as vacinas disponíveis.
Os promotores ressaltaram a importância de participação das gestões escolares para incentivar a vacinação, nesse sentido, foi sugerido que a Secretaria Municipal de Saúde articule com a Secretaria Municipal de Educação estratégias para garantir essa cobertura vacinal, prezando pela intersetorialidade e ações em rede. Já a analista em Serviço Social do MPPE Maria Luiza Duarte lembrou que existe uma grande importância na vacinação da população de crianças de 0 a 4 anos, que não estão nas escolas, sendo necessárias estratégias específicas.
A superintendente de Imunizações e Doenças Imunopreveníveis da Secretaria Estadual de Saúde/PE, Ana Catarina Melo, esclareceu que o programa de imunização é tripartite, cabendo ao Ministério da Saúde adquirir os insumos e medicações necessárias para as vacinas, aos Estados realizarem a distribuição destes e aos municípios a execução de forma direta, na rede de saúde municipal. Pontuou ainda que os riscos de doenças como poliomielite selvagem e sarampo estão aumentando e que a comunicação e as campanhas de incentivo não podem acontecer apenas online, pois boa parte da população não tem acesso a esses meios.
A representante do Ministério da Saúde, Ana Cristina Cavalcanti, por sua vez, pontuou que Pernambuco sempre foi referência na cobertura vacinal, de modo que precisam ser pensadas estratégias conjuntas para que a situação atual mude, apontando que alguns motivos para a baixa cobertura vacinal são: Hesitação vacinal – indivíduos que não tem mais confiança nas vacinas e na complacência, pois acreditam que não serão contaminados pelas doenças; Barreiras físicas e sociais – áreas descobertas por PSF, locais de difícil acesso, baixa informação e comunicação.
Por fim, a promotora de Justiça de Saúde de Olinda ressaltou a necessidade de articulação das três esferas (União, Estado e Município), notadamente para a promoção da divulgação de campanhas de incentivo e para a oferta das vacinas.