Marcelo Martelotte deixa comando do Santa Cruz após eliminação na Série D

Após derrota contra o Tocantinópolis que rendeu a eliminação na Série D do Campeonato Brasileiro no último domingo (14), o treinador Marcelo Martelotte deixou o comando do Santa Cruz. A decisão foi tomada em consenso nesta quarta-feira (17), dia marcado por reunião sobre o futuro do Tricolor.

A continuidade do trabalho de Martelotte no Arruda já era uma incerteza nos últimos dias, apesar de ter vínculo com o clube até outubro deste ano. Em coletiva de imprensa concedida após a eliminação, o treinador chegou a falar sobre permanência em 2023, mas que aguardava uma definição junto à diretoria.

“Não posso falar do ano que vem, ainda vou me reunir com a diretoria, mas eu estou sempre à disposição do Santa Cruz”, disse Martelotte.

A insatisfação da diretoria Coral com o trabalho do técnico, no entanto, não diz respeito apenas à eliminação, mas também à montagem do elenco. Após as contratações de Arthur Santos e Chiquinho, Martelotte vetou a chegada de novos reforços, contrariando a procura da diretoria de futebol por novos nomes para o setor ofensivo do Santa, cujas chances perdidas em ambas as partidas da decisão contra o Tocantinópolis impactaram diretamente no resultado negativo.

“Era muito difícil contratar com qualidade naquele momento. Jogadores que pudessem vir e ser utilizados imediatamente. Chegamos a cogitar em alguns momentos alguma contratação, mas sempre trabalhamos em cima de jogadores que estavam há dois ou três meses parados. A gente não teria tempo para que eles fossem preparados dentro do clube para essa fase decisiva”, explicou Martelotte após a eliminação.

A decisão de “fechar o elenco” chegou a ser confirmada no início de julho, antes do mata-mata, pelo coordenador técnico Zé Teodoro, que chegou ao clube junto de Martelotte, e teve sua permanência confirmada à reportagem pelo diretor de futebol Rogério Guedes.

Apesar da eliminação nas oitavas de final da competição, a quinta passagem de Martelotte pelo Santa Cruz como técnico foi responsável por superar uma conturbada e incerta primeira fase, e eliminar o Retrô no primeiro mata-mata da disputa pelo acesso. Em 14 partidas comandadas, somou cinco vitórias, cinco empates e quatro derrotas.

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