- Caroline Lowbridge
- BBC News
Uma mulher britânica acredita que seu gato salvou sua vida ao acordá-la enquanto ela estava tendo um ataque cardíaco.
Sam Felstead afirma que poderia teria morrido dormindo se Billy não tivesse saltado sobre ela e começado a miar.
Assim que acordou, ela percebeu que não conseguia mover o lado direito do seu corpo. Sua mãe, então, a levou ao hospital.
Dois especialistas em comportamento felino explicaram à BBC que Billy pode ter reagido a mudanças no comportamento ou na fisiologia de Felstead.
‘Ele sabia’
“Os médicos disseram que foi importante ter chegado no hospital logo”, disse Felstead, que mora em Nottinghamshire, na região central da Inglaterra.
“Ele [Billy] normalmente não se senta comigo, mas ele sabia que algo estava errado porque não me deixava em paz. Acho que ele salvou minha vida, assim como todo mundo ao meu redor.”
Lucy Hoile, especialista em comportamento felino, acredita que Billy pode ter percebido mudanças fisiológicas ou no comportamento de Felstead, o que o deixou ansioso.
“Pode ser que o fato de ele pular em cima dela e miar seja um sinal de sua ansiedade”, disse ela.
“Eu acredito que ele provavelmente salvou a vida dela, porque foi isso que permitiu que ela conseguisse ajuda médica, mas eu não diria que ele fez isso ‘sabendo do ataque cardíaco’. Foi uma reação à situação.”
‘Ele foi muito esperto’
Hoile disse que Billy pode ter percebido que Felstead estava suando mais do que o normal, movendo-se de maneira diferente, fazendo barulhos, ficando inquieta durante o sono ou que tenha até mesmo notado uma mudança em seu cheiro.
“Eu estava molhada de suor, então talvez tenha sido isso que ele sentiu”, disse Felstead.
“Ele foi muito esperto, Deus o abençoe. Ele queria ficar ao meu lado o tempo todo. Normalmente ele fica sentado ao lado da minha mãe o tempo todo, ele não está interessado em mim. Ele ama minha mãe e dá muito amor a ela.”
Linda Ryan, especialista em comportamento clínico animal certificada para gatos, disse que Felstead poderia estar se comportando de uma maneira que fosse interessante ou angustiante para Billy.
“Pode ser que o gato tenha ficado assustado ou angustiado. Os movimentos ou espasmos estavam atraindo sua atenção, porque os gatos são estimulados pelo movimento”, disse ela.
“É provável que isso tenha a ver com a mudança de comportamento, eu imagino. Os gatos não têm os mesmos comportamentos sociais que as espécies sociais, como cães, cavalos ou coelhos, pois são mais solitários por natureza.”
“Embora seja fácil acreditar que este foi um ato de altruísmo, correlação não necessariamente implica causa, portanto, é improvável que ele estivesse salvando deliberadamente a vida da dona.”
‘Ele não tem a menor ideia’
Felstead ficou internada entre 8 e 11 de agosto. Ela fez uma angioplastia, um procedimento cirúrgico pouco invasivo para combater a obstrução de artérias que conduzem o fluxo sanguíneo até o coração. A britânica também precisará tomar medicamentos para o coração a partir de agora.
“Quando saí do hospital, ele [o gato] não se aproximou de mim por horas. Não sei se eu estava com um cheiro estranho do hospital”, disse ela.
Ela se sente “muito grata” por Billy, mas afirma que ele é aparentemente indiferente a ela.
“Eu não acho que ele tenha a menor ideia do que aconteceu”, disse ela.
“Contanto que eu o alimente, está tudo bem para ele.”
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