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Resgate quase ‘impossível’: navegante francês sobrevive 16 horas sob veleiro virado

“Um resgate à beira do impossível.” É assim que a Guarda Costeira espanhola descreve a operação para recuperar vivo o navegador francês Laurent Camprubi, 62 anos, que sobreviveu 16 horas sob o seu veleiro virado na costa da Galiza (noroeste) graças a uma bolha de ar. 

A chamada de emergência do veleiro francês “Jeanne Solo Sailor” foi recebida na noite de segunda-feira às 20h30 (15h30 no horário de Brasília), depois que a Guarda Costeira do Salvamento Marítimo localizou o barco virado, a 14 milhas das Ilhas Sisargas, segundo a informação fornecida nesta quinta-feira (4) à AFP por essa entidade. 

O socorrista Guillermo Lavía desceu de um helicóptero até o casco, bateu nele e recebeu “batidas de resposta” que o deixaram “quase certo de que havia uma pessoa presa embaixo”, disse o integrante do Salvamento Marítimo.

As condições do mar no momento tornavam o resgate impossível, portanto a Guarda Costeira trabalhou por “horas frenéticas” para assegurar o barco e garantir que não afundasse, relatou Rodrigo Piñeiro, capitão de um dos barcos do Salvamento Marítimo.

Na manhã de terça-feira, uma equipe de mergulhadores chegou ao veleiro. 

Com lanternas e no meio de um mar muito agitado, os mergulhadores entraram no veleiro, onde viram uma bota e, ao tocá-la, “o pé se retirou instantaneamente”, disseram. Eles o haviam encontrado.

“Colocamos um gancho de barco [longa vara usada em barcos] em direção à área, o homem o agarrou e imediatamente apareceu um rosto com os olhos abertos. Ele se empurrou em nossa direção, nós o agarramos e fomos nos esquivando das cordas até chegarmos à superfície”, contaram os mergulhadores. 

Laurent Camprubi foi finalmente resgatado “no dia 2 de agosto às 12h” (7h no horário de Brasília), indicou o Salvamento Marítimo. Ele sobreviveu 16 horas “com apenas 30 centímetros de ar”. Ele foi retirado, ileso, em um helicóptero. 

“Obrigado, obrigado, obrigado. De dentro do barco, ouvi o helicóptero do Salvamento Marítimo sobrevoar. Eu sabia que estavam aqui e que iam me resgatar, que não iam me deixar sozinho. Foi uma questão de tempo. Tive que sobreviver por mim e minha família”, disse Laurent Camprubi, citado no comunicado.

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Fonte: Folha PE

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