Não houve clima de festa, após a classificação do Santa Cruz à Série D do Campeonato Brasileiro, que impedisse o lateral-direito, Edson Ratinho, de soltar o verbo contra a diretoria do clube. O atleta questionou o fato de nenhum dirigente ou o presidente do Tricolor, Antônio Luiz Neto, aparecer na semana decisiva coral, antes do jogo contra o Lagarto, para cobrar os jogadores. “Não fazem isso porque tem ‘rabo preso’ por estarem devendo (salários)”, desabafou, além de expor que precisou ajudar funcionários corais que passam por dificuldades financeiras.
“A diretoria tem de jogar junto. Não é só torcedor ou jogador. Nosso grupo está unido, fazendo o que nenhum outro fez. Damos a nossa cara a tapa. No futebol, a bola pune se as coisas não estiverem corretas. Tem torcedor que acha que jogador é mercenário, mas jogador não se pronuncia porque, quando faz, é taxado assim. Quem aqui ganha rios de dinheiro no Santa Cruz? Tive de fazer pix para um funcionário comprar gás de cozinha. Como pai de família, isso dói em mim”, afirmou, em entrevista à Rádio Jornal.
“Presidente e diretor tem de ficar ao nosso lado. Tem de cobrar. Não tivemos uma cobrança. A diretoria não cobrou. Não cobraram porque estão devendo (salário), de ‘rabo preso’. Esse é um desabafo meu. Assumo a responsabilidade. Ninguém veio para passar a importância do jogo. Posso ser mandado embora hoje, mas ninguém pode dizer que eu deixei de treinar. Sou sujeito homem. Se a diretoria quer subir, não pode somente convocar torcedor. O que a torcida faz é de outro mundo. Existem clubes na Série A que não tem nossa média de público na D. Não tenho dúvidas que eles estão do nosso lado. Peço perdão se ofendi alguém, mas minhas palavras são conscientes e assumo toda a responsabilidade”, completou.
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Fonte: Folha PE