A atuação do sistema meteorológico conhecido como Distúrbio Ondulatório de Leste (DOL) fez com que 45 cidades de Pernambuco tenham acumulado, nos primeiros cinco dias de julho, volumes de chuvas superiores ao esperado para todo o mês.
A informação foi divulgada nesta terça-feira (5), pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac). O último balanço da Secretaria Executiva de Defesa Civil do Estado indica 36 cidades afetadas pelas fortes chuvas e quase 10 mil pessoas fora de casa, entre desalojados e desabrigados.
Aliado ao período chuvoso natural, as Ondas de Leste ajudaram a intensificar as chuvas. O fenômeno é uma perturbação no campo de vento e pressão que atua na faixa tropical do globo terrestre, em área de influência dos ventos alísios.
Na região Agreste do Estado, os municípios de Agrestina, Águas Belas, Altinho, Angelim, Bom Conselho, Bonito, Brejão, Buíque, Cachoeirinha, Caetés, Camocim de São Felix, Capoeiras, Correntes, Garanhuns, Iati, Ibirajuba, Itaíba, Jucati, Jupi, Jurema, Lajedo, Palmeirinha, Panelas, Paranatama, Saloá, São João, São Joaquim do Monte, Terezinha e Tupanatinga já registraram um percentual acumulado superior à média climatológica esperada para todo o mês de julho, totalizando 22 municípios com chuvas acima da média.
Os dados da Apac indicam que, em Brejão, há o maior acumulado do Agreste: na cidade, choveu 299,5 mm – valor 132% acima da normal climatológica de 227,1 mm para julho, segundo a Apac. Em Águas Belas, o índice até 5 de julho é de 175,6 mm, ante os 80,1 mm históricos – um registro, portanto, 219% maior do que a média.
Já na Zona da Mata, os maiores registros foram nos municípios de Belém de Maria, Jaqueira, Maraial, Quipapá e São Benedito do Sul – todos também ultrapassaram a média esperada de chuvas para o mês de julho.
Em Jaqueira, o acumulado chega a 166,8 mm, equivalente a 134% da média histórica de 124,2 mm. Em Quipapá, o índice é de 161,0 mm, 133% a mais do que os 121,0 mm de média hstóricos.
No Sertão, os municípios que ultrapassaram a média histórica de chuvas para o mês foram Araripina, Cabrobó, Carnaubeira da Penha, Exu, Floresta, Ibimirim, Ipubi, Manari, Moreilândia, Sertânia e Tacaratu.
Em Araripina, o acumulado já é 328% maior do que a média histórica. Em julho de 2022, a cidade tem 26,2 mm de chuva, contra os 8,00 mm históricos.
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