A seleção brasileira de natação paralímpica está em Portugal para disputa do Campeonato Mundial da modalidade, entre os dias 12 e 18 deste mês, em Funchal, na Ilha da Madeira. A delegação tem 29 atletas, sendo que 24 tiveram que atingir os índices exigidos pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) em torneios oficiais, como as etapas do circuito nacional.
Foi o caso de Lídia Cruz. A carioca de 23 anos nasceu com uma má-formação congênita na coluna e ficou tetraplégica devido a uma lesão encefálica. Ela tem a segunda melhor marca do mundo nos 200 metros nado livre da classe S4, categoria que entre as dez voltadas para atletas com deficiências físico-motoras, é a quarta com maior nível de comprometimento.
Assim como Lídia, Gabriel Bandeira também disputará o Mundial pela primeira vez, mas chega à competição com a experiência de ter participado da Paralimpíada de Tóquio (Japão). Mais que isso: o paulista de 22 anos foi medalhista de ouro nos cem metros borboleta da classe S14, para atletas com deficiência intelectual, mesma prova na qual ele bateu o recorde mundial este ano.
Além de Gabriel, outros quatro nadadores da equipe brasileira se credenciaram ao Mundial por terem sido campeões paralímpicos em Tóquio. Quase metade da delegação, aliás, teve o gostinho de subir ao pódio em alguma Paralimpíada, mesmo este sendo um grupo jovem, onde um terço dos atletas tem até 22 anos.
No último Mundial, em 2019, disputado em Londres (Inglaterra), o Brasil foi 17 vezes ao pódio, com cinco ouros, ficando em 11º lugar no quadro de medalhas. Os melhores desempenhos foram nas edições de 2015 e 2017, respectivamente em Glasgow (Escócia) e Cidade do México, quando os brasileiros terminaram na quarta posição na classificação por ouros.
Fonte: Agência Brasil
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