A Ucrânia confirmou que centenas de seus combatentes que estavam retidos há mais de dois meses na siderúrgica Azovstal, na cidade de Mariupol, foram evacuados.
A vice-ministra da Defesa, Hanna Maliar, disse que 53 soldados gravemente feridos foram levados para a cidade de Novoazovsk, dominada por rebeldes apoiados pela Rússia. Outros 211 foram evacuados usando um corredor humanitário para Olenivka, outra cidade controlada pelos rebeldes.
Representantes da Rússia haviam dito anteriormente que um acordo tinha sido feito para retirar da siderúrgica combatentes feridos.
Cerca de uma dúzia de ônibus transportando combatentes ucranianos que estavam escondidos sob a siderúrgica sitiada foram vistos deixando o local na noite de segunda-feira (16/5), informou a agência de notícias Reuters.
Os meios de comunicação estatais russos também publicaram imagens do que dizem serem soldados ucranianos feridos sendo evacuados de Azovstal.
Maliar afirmou que, segundo o acordo feito, as tropas resgatadas seriam trocadas por soldados russos capturados.
Em um discurso em vídeo veiculado após a meia-noite de terça-feira no horário local, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que militares ucranianos, serviços de inteligência e equipes de negociação, bem como a Cruz Vermelha e as Nações Unidas estiveram envolvidos na operação de evacuação.
“A Ucrânia precisa de seus heróis vivos”, disse ele.
Centenas de combatentes ucranianos — do batalhão Azov, da Guarda Nacional, da polícia e das unidades de defesa territorial — e vários civis estão escondidos na siderúrgica desde que as tropas russas cercaram Mariupol no início de março.
Ainda não se sabe ao certo quantas pessoas permanecem em bunkers subterrâneos. Maliar disse que o governo ucraniano, militares e serviços de inteligência estão “realizando esforços conjuntos para salvar” os que ficaram para trás.
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