A União Europeia deixará de exigir o uso obrigatório de máscaras em aviões e aeroportos a partir da próxima segunda-feira, devido à queda dos casos de covid no continente, informou a agência de segurança aérea nesta quarta-feira (11).
“A partir da próxima semana, as máscaras faciais não serão obrigatórias para as viagens aéreas”, declarou o diretor executivo da Agência Europeia de Segurança Aérea (AESA), Patrick Ky, em um comunicado.
Ky apontou que o levantamento desta obrigatoriedade é “um grande passo para a normalização do transporte aéreo”.
A agência europeia salientou, porém, que a máscara facial continua a ser uma das melhores formas de proteção contra a transmissão da covid-19, sobretudo para pessoas vulneráveis.
A entidade europeia ressaltou ainda que as regras sobre o uso de máscaras “continuarão a evoluir após esta data, dependendo das companhias aéreas” e que as empresas do setor devem adotar uma estratégia “pragmática”.
Por exemplo, o uso de máscara será recomendado para voos de ou para um destino onde seu uso seja obrigatório no transporte público, informou a agência em comunicado.
Em termos gerais, os passageiros “devem comportar-se com responsabilidade e respeitar as decisões daqueles que os rodeiam”, sublinhou a EASA, observando que “um passageiro que tosse e espirra deve considerar usar uma máscara para tranquilizar os que estão sentados nas proximidades”.
A IATA, principal associação de companhias aéreas do mundo, celebrou o novo protocolo e afirmou que dá aos viajantes “a liberdade de escolher se levam ou não uma máscara”, indicou Willie Walsh, seu diretor-geral.
Os passageiros “podem viajar tranquilos sabendo que muitas das características da cabine do avião, como a alta frequência com que o ar é trocado e os filtros de alta eficiência, fazem deste um dos lugares mais seguros”, afirmou.
No entanto, a IATA admitiu que no contexto internacional o quadro é mais complexo.
“Embora o protocolo europeu entre em vigor na próxima semana, não há uma estratégia global consistente em relação ao uso de máscaras a bordo de aeronaves”, disse Walsh.
A IATA indicou que as companhias aéreas devem cumprir os regulamentos que se aplicam à rota que operam e que a tripulação será informada sobre os regulamentos em vigor e que é “crítico” que os passageiros sigam as instruções.
Também pediu aos viajantes que sejam “respeitosos” com as decisões de outras pessoas que usam máscaras voluntariamente.
Essa flexibilização das regulamentações sanitárias ocorre em um momento de aumento de viagens na Europa, após dois anos de atividade reduzida pela pandemia.
Para este verão boreal, o órgão de supervisão de tráfego aéreo Eurocontrol espera que o volume volte a um nível equivalente a 95% da atividade de 2019, apesar do efeito da guerra na Ucrânia, dos preços do petróleo e da inflação.
Neste contexto, nesta quarta-feira, a França anunciou que vai eliminar a obrigatoriedade do uso da máscara nos transportes públicos a parti de segunda, uma das últimas restrições restantes.
“A partir de 16 de maio, o uso de máscara não será mais obrigatório no transporte público”, disse o ministro da Saúde, Olivier Véran.
O responsável salientou que a utilização continua a ser recomendada, mas que a obrigação “não está adaptada” à situação atual da pandemia face à diminuição de casos no país.
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Fonte: Folha PE