O projeto de lei ainda prevê a proibição de homenagens a condenados com sentença transitada em julgado por crimes contra os direitos humanos, exploração do trabalho escravo, racismo e injúria racial.
Sessão na Câmara de Vereadores de Caruaru — Foto: João Neto/TV Asa Branca
Foi aprovado em segunda votação, nesta terça-feira (26), o projeto de lei que proíbe homenagens a escravocratas, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. A votação foi realizada em sessão na Câmara de Vereadores do município. O projeto foi aprovado por unanimidade.
O projeto de lei é de autoria da vereadora Perpétua Dantas (PSDB) e prevê a proibição de homenagens a escravocratas ou condenados com sentença transitada em julgado pela prática de crimes contra os direitos humanos, exploração do trabalho escravo, racismo e injúria racial. O texto ainda proíbe eventos históricos ligados a essas práticas no âmbito da administração municipal direta e indireta.
Na prática, ficarão vedadas a nomeação de vias públicas, prédios municipais, locais públicos e a construção de bustos, estátuas e monumentos em homenagem aos que se enquadrarem no dispositivo. Se o projeto foi sancionado pelo Executivo, os locais que já estão nomeados deverão mudar de nome no prazo de 12 meses, a contar da data de publicação da lei. Já as estátuas, bustos e monumentos deverão ser retirados das vias e praças públicas.
Câmara de Vereadores de Caruaru — Foto: Victor Vargas/ Ascom Câmara
Foi aprovado em primeira votação, na sessão da terça-feira (19), o Projeto de Lei nº 9.089/2022, que tem o objetivo de proibir homenagens a violadores dos direitos humanos. Na ocasião, os parlamentares votaram outros dez projetos de Lei e 74 matérias da ordem do dia, entre requerimentos e indicações.
O Art. 3º do projeto prevê o estabelecimento de novos critérios, como os de proporcionalidade em relação à diversidade de gênero e cor, em caso de denominação de vias públicas e construção de monumentos.
Olinda proíbe homenagens a escravocratas
Olinda, no Grande Recife, ganhou uma lei que proíbe homenagens a escravocratas e a pessoas ligadas ao golpe que instaurou a ditadura militar (1964 a 1985). A norma também permite a modificação de nomes de ruas ou espaços públicos que, atualmente, reverenciam personagens do passado.
Aprovada de forma unânime na Câmara Municipal, a lei nº 6.193/2021 foi sancionada pelo prefeito Lupércio (Solidariedade), em dezembro de 2021.
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