Avião sem asa: Raquel Lyra (PSD) começa a perder força na Região Metropolitana, mesmo com apoio de prefeitos

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), tem enfrentado um desgaste crescente na Região Metropolitana do Recife (RMR), mesmo contando com o apoio de prefeitos estratégicos. A ausência de entregas concretas, somada a anúncios repetidos sem início efetivo de obras, tem distanciado a chefe do Executivo estadual do sonho de reeleição em 2026.

Promessas sem execução

Desde o início da gestão, Raquel apostou em projetos de impacto para áreas como saúde, infraestrutura e segurança. No entanto, a demora em transformar anúncios em ações práticas gera frustração entre a população e abre espaço para críticas de adversários, que enxergam falta de planejamento e de resultados tangíveis.

Base fragmentada e migração de aliados

Além do distanciamento da opinião pública, a governadora enfrenta dificuldades no campo político. Eleitos em sua legenda já começam a migrar para outros grupos em busca de maior sustentação e espaço, revelando fissuras no PSD de Pernambuco. Lideranças afirmam que Raquel usa o partido mais como instrumento eleitoral do que como espaço de construção coletiva, o que desestimula aliados.

Enquanto isso, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), faz o movimento inverso: amplia alianças, agrega partidos e se consolida como uma das principais lideranças do estado. Sua postura contrasta com a da governadora, reforçando a imagem de que o PSB recupera terreno político em Pernambuco.

Reeleição em risco

A soma da falta de entregas na RMR, do enfraquecimento da base e da migração de aliados coloca Raquel Lyra em uma posição delicada no cenário político estadual. Sem apresentar resultados concretos e sem habilidade para unificar seu grupo, a governadora se vê cada vez mais distante da consolidação de um projeto de reeleição.

Enquanto adversários se organizam e fortalecem sua base de apoio, a governadora enfrenta o desafio de provar que ainda tem condições de liderar Pernambuco com efetividade e de resgatar a confiança de quem já começa a procurar outros caminhos.

Em tempo – Em Jaboatão dos Guararapes o discurso é um só: “Passou por aqui na eleição, teve apoio maciço e hoje não lembra dos seus aliados. Agora, além de não lembrar de quem lhe ajudou, puxa o prefeito para baixo sem ele perceber”









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