Um novo escândalo fiscal movimenta o debate político em Brasília: o rombo bilionário de mais de R$ 90 bilhões nos cofres do INSS, atribuído a um esquema de fraudes que atravessou os últimos anos. A base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirma que as irregularidades tiveram origem durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas, curiosamente, se recusa a assinar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os responsáveis pelo desvio.
A oposição se lamenta na mídia ,no entanto, apesar das declarações públicas de indignação, os parlamentares aliados ao Planalto não endossam o pedido de CPI — atitude que tem levantado críticas e desconfiança entre setores da sociedade civil e da classe política.
A pergunta que ecoa nos bastidores da política nacional é direta: se o crime é tão grave e os culpados estão em governos anteriores, por que então evitar uma investigação parlamentar que poderia esclarecer tudo e, possivelmente, levar à prisão dos envolvidos?
O silêncio diante dessa questão reforça o sentimento de impunidade e de que, mais uma vez, os interesses políticos estão acima da transparência e da justiça. A sociedade, que já carrega o peso dos prejuízos, agora também precisa lidar com a omissão dos que deveriam representá-la no combate à corrupção.
O espaço permanece aberto para que os parlamentares da base governista expliquem ao povo brasileiro as razões pelas quais se recusam a assinar uma CPI que deveria ser, acima de tudo, um dever moral e institucional.
Você precisa fazer login para comentar.