Mais de 34 mil cavalos-marinhos reproduzidos em laboratório foram soltos no Litoral Sul de Pernambuco ao longo de 2021. Os animais foram liberados pelo Instituto Hippocampus nos estuários dos rios Massangana, Tatuoca e Maracaípe após convênio firmado entre a entidade de pesquisa e o Complexo Industrial Portuário de Suape, no Grande Recife, para monitoramento da espécie que se encontra ameaçada de extinção.
O balanço da iniciativa foi apresentado nesta terça-feira (12) pela coordenadora do projeto, a bióloga Rosana Silveira, a representantes de diversas instituições e órgãos ligados à preservação ambiental.
De acordo com a pesquisadora, durante o período de investigação na área de Suape, iniciado em 2020, não foram encontrados cavalos-marinhos nos estuários dos rios Merepe e Ipojuca, nem nos arrecifes da praia de Muro Alto, apenas nos rios Tatuoca e Massangana e na Ilha de Cocaia.
No período de buscas, foi analisada a estrutura populacional, relação peso x altura, densidade populacional, período reprodutivo, coloração e outros parâmetros da cadeia de reprodução dos cavalos-marinhos da espécie “Hippocampus reidi”, a única encontrada nos locais investigados.
Também foram feitas análises sobre os impactos causados nos animais pela mancha de petróleo que atingiu toda a costa brasileira em agosto de 2019.
Nas 48 saídas de campo, a especialista registrou 162 visualizações do animal, sendo 84 em Massangana, 41 em Cocaia e 37 em Tatuoca. Nessas áreas, mais de cinco mil cavalos-marinhos recém-nascidos foram soltos, sendo os demais nos locais onde a espécie não foi identificada.
“Acredito que o projeto está contribuindo de maneira definitiva para a preservação da espécie na área de Suape e em suas adjacências”, afirmou a bióloga Rosana Silveira, que é coordenadora do projeto que funciona, atualmente, no Centro de Treinamento de Suape, nas proximidades do prédio sede da estatal portuária.
Projeto
O Instituto Hippocampus realiza atividades de pesquisa científica, educação ambiental e direitos humanos em vários estados do Brasil, por meio de parceria com diversas universidades federais espalhadas pelo país.
O objetivo da entidade é mapear e compreender o estado de conservação das espécies de cavalos-marinhos, fazendo estudos populacionais que incluem a genética e reprodução dessas populações.
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