Quatorze profissionais de imprensa foram agredidos ou tiveram equipamentos roubados por bolsonaristas durante a invasão dos poderes da república nesse domingo.
Um repórter do jornal O Tempo, de Belo Horizonte, chegou a ter duas armas de fogo apontadas para ele dentro do Congresso Nacional. Outro repórter da TV Band teve o celular destruído enquanto filmava o ato. Já a repórter fotográfica do Portal Metrópoles, Rafaela Feliciano, foi agredida por cerca de 10 pessoas e teve o cartão de memória da câmera destruído, perdendo todas as fotos.
Também relatou agressão o repórter da EBC, Alex Rodrigues, que cobria a invasão pela Agência Brasil.
Alex teve escoriações no pescoço. Todos esses casos foram registrados pelo Sindicato de Jornalistas Profissionais do Distrito Federal.
A presidente da FENAJ, a Federação Nacional dos Jornalistas, Samira de Castro, argumentou que impedir o jornalista de exercer a profissão é uma agressão a toda sociedade e à democracia.
A representante da FENAJ também cobrou que as empresas forneçam maior segurança aos profissionais nessas coberturas de risco.
Devido ao grande número de agressões à imprensa, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, se reuniu com entidades da categoria para discutir a segurança dos trabalhadores. As organizações reclamaram que as investigações de agressão contra jornalistas não avançam no Distrito Federal.
Ficou acordado que o governo federal vai pedir ao interventor do Distrito Federal, Ricardo Capelli, que exija o andamento dessas investigações, além de solicitar que as polícias ofereçam segurança à imprensa durante a cobertura desse tipo de ato.
Fonte: Agência Brasil
Você precisa fazer login para comentar.